A Xiaomi vai adquirir cerca de 1,5 mil patentes da Microsoft para fazer frente ao aumento de custos em decorrência da expansão do mercado de smartphones na China e também no exterior. O acordo é parte da estratégia da fabricante chinesa de celulares de montar também um amplo catálogo de propriedade intelectual para poder vender seus dispositivos além dos mercados emergentes. A meta da empresa é comercializar seus aparelhos nos Estados Unidos.
A empresa chinesa vai comprar as patentes da Microsoft por uma quantia não revelada. Ela também assinou um acordo de licenciamento cruzado com a empresa, semelhante ao firmado um ano atrás por grandes marcas globais de eletroeletrônicos como a Samsung e Dell. Como parte do acordo, Xiaomi irá pré-embarcar o Office e o Skype, aplicativo de vídeo-chat da Microsoft, em alguns de seus dispositivos, incluindo o Mi Max, Redmi Note 3 e Mi 4S.
A Microsoft detém mais de 60 mil patentes, de modo que a venda para a Xiaomi representa uma pequena parte do seu portfólio.
O negócio entre as duas empresas é resultado da visita que o CEO da Microsoft, Satya Nadella, faz a Pequim. Um porta-voz da companhia disse ao The Wall Street Journal que Nadella está na capital chinesa como parte de uma viagem na qual pretende visitar desenvolvedores em toda a Ásia.
Com sede em Pequim, a Xiaomi saltou para o topo do mercado de smartphones na China em 2014, com uma estratégia de venda online enxuta, que a ajudou a manter os custos baixos. Entretanto, nos últimos tempos ela vem gradualmente aumentando os gastos com licenciamento de patentes, principalmente em um momento de desaceleração das vendas e com o mercado de telefonia doméstica saturado.
A Xiaomi ainda não tem um cronograma para o início das vendas de seus smartphones nos EUA. Recentemente, ela trouxe alguns produtos para os EUA, incluindo um set-top box de TV baseado no Android. A Xiaomi entrou no mercado indiano no ano passado, mas sua escala ainda é relativamente pequena, e não figurava entre os cinco maiores fabricantes de smartphones na Índia no primeiro trimestre, segundo a IDC.