As remessas de smartphones na América Latina caíram 3% no primeiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano anterior, com um total de 31 milhões de smartphones enviados ao mercado nos primeiros três meses deste ano. Os dados são da Canalys.
A Samsung ficou com 43% do market share da região e vendeu 13,4 milhões de handsets, marcando distância para o segundo lugar, a Lenovo, com 18% de fatia de mercado e que enviou 5,5 milhões de celulares. Vale dizer que a Lenovo teve queda de quatro pontos percentuais de mercado ano contra ano (de 22% no 1T21 para 18% no 2T22).
A terceira colocada no ranking das marcas mais vendidas na América Latina é a Xiaomi, cujo market share subiu de 11% para 14% em 12 meses. A empresa chinesa vendeu 4,3 milhões de smartphones no primeiro trimestre de 2022, um incremento de 18%.
A Apple está na quarta posição do ranking latino-americano, com 5% de fatia de mercado. A empresa vendeu 1,5 milhão de smartphones, um incremento de 15,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2021.
A OPPO completa a lista das cinco principais fabricantes, com 1 milhão de celulares enviados à região. A empresa registrou market share de 3%.
Vale lembrar que as remessas globais, no mesmo período, tiveram queda de 11%, segundo a Canalys, o que faz do mercado latino-americano parecer resiliente.
De acordo com Damian Leyva-Cortes, analista sênior da Canalys e gerente LATAM, fornecedores como HONOR, Realme, Xiaomi, Transsion e vivo fizeram planos ambiciosos de expansão na região, apesar dos desafios globais. Os fornecedores se comprometeram a construir presença local, investindo em novos centros de distribuição e montagem local, abrindo lojas de experiência offline e fazendo acordos de fornecimento com empresas de telecom e varejistas em novos mercados.
Leyva-Cortes acrescenta ainda que os mercados mais dinâmicos da região são Colômbia e México, por conta de investimentos realizados por fornecedores estrangeiros. Ambos os mercados possuem fortes players de telecomunicações nos canais de distribuição de dispositivos, justamente com baixas barreiras de entrada e uma boa percepção dos produtos chineses devido ao legado deixado pela Huawei. “Também é surpreendente ver a rapidez com que esses mercados substituíram as remessas da LG e da Huawei por outras marcas, o que mostra o dinamismo e a abertura dos dois mercados”, acrescenta.