ELSA Speak (Android, iOS), acrônimo para English Learning Speach Assistent, é uma ferramenta para melhorar a pronúncia da língua inglesa. Seu algoritmo com machine learning permite que a plataforma envie exercícios personalizados e identifique exatamente onde o aluno está com problemas em sua fala, ajudando-o a melhorar a fluência, a entonação, o vocabulário e, de quebra, a gramática. Recentemente, a empresa recebeu um aporte de US$ 15 milhões e, com o montante, optou por se expandir pela América Latina. Por conta das inúmeras possibilidades, escolheu o Brasil para montar sua base na região.
Mesmo sem um escritório no País, a ELSA Speak já conta com 500 mil usuários. De acordo com Gabriel Paci, country manager da empresa no Brasil, até o fim de 2021, a startup planeja triplicar o número e chegar a 1,5 milhão de usuários brasileiros e, em cinco anos, atingir a meta de 10 milhões na versão nacional da plataforma. Globalmente, até o momento, o app possui 14 milhões de cadastros e sonha em um dia chegar à marca de 1,5 bilhão.
Da dificuldade, uma solução
A empresa nasceu em 2015 e é fruto de uma insatisfação de sua cofundadora, a vietnamita Vu Van, que foi fazer um MBA na Universidade de Stanford e lá passou por uma série de dificuldades por conta do seu inglês. Ela, então, fez do limão um empreendimento. Chamou o cientista Xavier Aguera para fundarem juntos a ELSA Speak. Atualmente, o aplicativo está presente em 100 países, com escritórios na Índia e no Vietnã – seus principais mercados –, além de São Francisco (a sede), Portugal, Japão e, agora, Brasil.
“É um coach que te ajuda a aprender inglês. A plataforma atua na fala e ajuda o usuário a melhorar sua fluência. E dentro do aplicativo ainda temos materiais fornecidos pela Universidade da Pensilvânia e da editora Oxford”, explica Paci em conversa com Mobile Time.
De acordo com o executivo, o app tem um percentual de acerto entre 95% e 97%. Ou seja, o algoritmo consegue identificar o nível de acerto da pronúncia quase todas as vezes. “Fizemos uma boa calibragem e a plataforma é capaz de identificar o detalhe”, resume.
Modelo de negócios
Como modelo de negócios, a ELSA adotou tanto o B2B quanto o B2C.
“Nosso foco é o B2B. A ferramenta pode ser contratada por empresas tanto para oferecer a seus funcionários como para seus clientes. Mas também pensamos em oferecer para escolas, como um material complementar para o aluno e como uma ferramenta de capacitação para os professores”, explica.
ELSA Speak possui um painel de gestão que aponta a evolução do usuário e permite que a empresa veja em detalhes os avanços de seu colaborador. É possível não só monitorar o desempenho do aluno como também ver quanto tempo ele usa o app por dia. “A empresa investe no funcionário, consegue saber se ele está evoluindo e ainda medir o ROI”, conta.
O executivo também não descarta o B2B2C. “Estamos construindo a marca e queremos ser conhecidos. Estamos fechando parcerias, inclusive negociando com uma operadora”, diz, para ser distribuído como um SVA.
Paci explica ainda que a precificação é de acordo com o número de licenças liberadas para a empresa e, quanto maior o número de usuário, menor o valor.