O dispositivo com tela dobrável da SEMP TCL, Dragon Hinge, pode ser fabricado no Brasil. De acordo com o gerente de produtos móveis da empresa, Reinaldo Paleari, a companhia trará o handset após o lançamento global. Dependendo da demanda, a direção da empresa estuda fabricar o dispositivo em terras brasileiras.
“Assim que for lançado no global, o smartphone dobrável será trazido para o País. O primeiro lote será importado, mas podemos fabricar os aparelhos aqui no Brasil”, disse o executivo. “O grande diferencial que temos em relação aos rivais é a nossa fábrica de painéis, Scot, que tem essa tecnologia. Isso barateia os custos”.
Em conversa com Mobile Time durante o Eletrolarshow, que termina nesta quinta-feira, 1º, em São Paulo, o diretor da SEMP TCL afirmou que o Dragon Hinge terá as especificações de um smartphone premium, mas poderá ter algumas delas reduzidas (memória, chipset ou câmera, por exemplo) para chegar a um preço praticável para o mercado brasileiro. Questionado sobre qual seria esse valor, o executivo disse “na faixa dos R$ 4 mil”, um valor bem abaixo do esperado para smartphones dobráveis de Samsung e Huawei, que têm um preço especulado pelo mercado próximo de R$ 10 mil.
A companhia espera que o dispositivo chegue ao mercado mundial em 2020.
Portfólio
Paleari apresentou outros três novos smartphones para a marca TCL durante a feira: L10, por R$ 799, que chegou em julho ao mercado; L9 Plus, que chega em outubro por R$ 699; e o C9 Plus, por R$ 999, previsto para janeiro de 2020. Segundo Paleari, os smartphones têm Android Pie (9.0), mais de 32 GB de RAM; e chips Spectrum ou MediaTek.
Atualmente, o portfólio da SEMP TCL em 2019 consiste em smartphones de entrada e feature phones com a marca SEMP, com preços de R$ 99 a R$ 700, e modelos de entrada e intermediários com a marca TCL, a partir de R$ 700. São quatro feature phones na linha SEMP; cinco smartphones SEMP; e quatro smartphones TCL. Nota-se que em features phones SEMP, a expectativa é vender algo próximo de 2 milhões de peças.
Marcas
Vale lembrar, a empresa deixou de usar a marca Alcatel no começo deste ano. Paleari frisou que não há planos de voltar com a marca Alcatel, pois a companhia entendeu que seria um investimento extra. Com isso, passou a trabalhar em suas principais licenças, a brasileira SEMP com produtos mais populares e a chinesa TCL com equipamentos mais tecnológicos.
E em relação à marca BlackBerry, que também pertence à joint-venture SEMP TCL, o gerente de produtos móveis disse que os lançamentos de smartphones desta marca “estão em suspenso para o Brasil”. E informou que não haverá nenhum dispositivo da marca canadense no País até o primeiro semestre de 2020.