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A Lina, uma startup de infratech financeira, deve buscar suas primeiras rodadas de investimento em 2022. Após crescimento e estabilização de suas receitas a partir de produtos de open banking e connect bank para instituições financeiras, a companhia conversará com investidores, como explica seu sócio-fundador e CEO, Marcio Castro.

“Hoje a Lina é 100% dinheiro dos sócios. Esperamos continuar recebendo receita de maneira orgânica, mas também avaliamos rodadas de investimentos a partir de 2022. Tivemos investidores que nos procuraram, mas não era o momento”, diz Castro, ao explicar que o valuation não ficaria saudável com rodadas no começo das atividades da empresa.

Fundada há dois anos, a empresa buscou entre 2020 e 2021 consolidar uma receita recorrente de R$ 5 milhões e manter uma base de dez clientes ativos, algo feito a partir da demanda dos clientes em se ajustar à regulação do open banking e homologação de connect bank pelo BC, como explicou outro sócio, Murilo Rabusky, líder de marketing e comercial da infratech.

Entre os clientes atuais estão Banco Modal, Semear, Câmara Interbancária, BBCE, Anbima e B3. Agora, a Lina busca ampliar a sua carteira com os neobancos – ou seja, instituições bancárias criada por varejistas, atacadistas, empresas de logísticas e operadoras.

“Entramos como consultivo e a partir daí vamos crescendo no segmento de neobancos. Vemos que o BaaS (Bank as a Service) vai mudar bastante com o open banking. Vai mudar um pouco o posicionamento, as carteiras não vão focar apenas no cartão de crédito”, explica Castro. “Quem ganha dinheiro com cartão são as bandeiras e os provedores de plástico. A estratégia das carteiras digitais vai mudar para melhorar a conta delas. Isso vai ser ruim para bandeiras, mas será vantajoso para quem opera o BaaS. Até aumentará o potencial de carteiras digitais”, prevê.

Modelo

Além de open banking e connect bank, a Lina possui um serviço de carteira white label e de clearing (registro, aceitação, compensação, liquidação e gerenciamento de risco em uma operação financeira). Cada uma com um modelo de negócios diferente.

“No open banking, nós atuamos com SaaS (mensalidade com suporte) mais taxa de implantação. Não cobramos por transação no open banking. Pelos levantamentos que fizemos é um investimento inicial para a jornada do cliente”, explicou Rabusky. “No Connect Bank, nós cobramos por transação, um pacote por mensagem. Pode escalar. Nos produtos de clearing, cobramos pela utilização de módulos. O modelo comercial varia de produto para produto. Mas temos a tendência de flexibilizar”, conclui.

 

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