A Vivo confirmou que seguirá com o aumento no valor-base da recarga semanal do pré-pago nacionalmente, de R$ 15 para R$ 17, neste mês de novembro. Em conferência com analistas para apresentar os resultados da empresa nesta quarta-feira, 1, o CEO da operadora, Christian Gebara, confirmou a mudança.
O executivo afirmou que essa alteração foi feita em alguns estados recentemente, mas, neste mês de novembro será expandida nacionalmente.
A nova estratégia de preços coincide com a mudança no mix de clientes pós e pré-pagos da Vivo. A receita do pós-pago subiu 12,7%, de R$ 6,2 bilhões para R$ 7 bilhões, entre o terceiro trimestre de 2022 e o mesmo período em 2023. E o pré-pago caiu 6%, de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,4 bilhão na receita móvel da companhia. Corrobora com esse movimento de migração a queda na base de linhas pré-pagas em serviço, de 40 milhões para 37 milhões (-0,3%), e o aumento no pós-pago, de 57,5 milhões para 60 milhões (5,2%).
“No mobile, nós tivemos esse upselling para os planos pós-pagos. Ao casar preço e racionalidade, isso nos permitiu que a receita mobile crescesse 9% de expansão orgânica, na comparação ano a ano”, disse o CEO.
Estratégia B2B e B2C
As ações da Vivo em cross-sell e upsell também deram resultados para o aumento do Vivo Total, serviço que combina oferta de fibra e pós-pago mobile, que chegou a 1,1 milhão de consumidores no terceiro trimestre de 2022. Paralelamente a isso, Gebara destaca o crescimento em novas fontes de receita, como serviços financeiros, OTTs e produtos eletrônicos, que representam 3% da receita total da Vivo nos últimos 12 meses.
O CEO da operadora acredita que o sucesso do resultado em Vivo Total está ligado ao aumento da velocidade nas ofertas, aumento de preço de Internet fixa e inclusão dos serviços digitais, além do baixo churn. Como próxima vertente de crescimento, Gebara citou a oferta de casa inteligente: “Ou seja, além de vendermos a fibra em si, nós mandamos conectividade Wi-Fi em diferentes cantos da residência para terem mais dispositivos de casa conectada”, disse. “Portanto, em toda essa área de casa conectada nós vemos estrategicamente uma possibilidade de crescer”, completou.
Gebara também destacou o avanço de serviços B2B, segmento que representa 6% do faturamento total da operadora. Com receita de R$ 3,2 bilhões, alta de 28% ante R$ 2,5 bilhões do terceiro trimestre de 2023, os principais destaques estão em nuvem, soluções digitais, IoT, mensageria e cibersegurança. O executivo espera que essa tendência continue, a partir de ofertas sob demanda para setores como agronegócio, além de ofertas de prateleira para pequenas e médias empresas no Vivo Meu Negócio.
Imagem principal: Christian Gebara, CEO da Vivo e presidente da Telebrasil. (reprodução: Telebrasil)