Nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box aponta que 9% dos pais brasileiros de crianças e adolescentes de 0 a 16 anos declaram que seus filhos já sofreram cyberbullying, enquanto 5% reconhecem que seus filhos já praticaram atos de cyberbullying. Os dois números provavelmente estão subestimados, já que muitos casos não chegam ao conhecimento dos pais.

O cyberbullying aflige mais as famílias das classes D e E: em 12% delas, os filhos já sofreram com isso. A proporção é menor nas classes A e B (6%) e na C (7%). Não há diferença significativa pelo gênero do filho.

O WhatsApp e o Instagram são apontados como as plataformas aonde o cyberbullying mais acontece, tanto pelas famílias das vítimas como pelas dos agressores. Isso decorre da popularidade de ambos os apps no Brasil.

51% dos pais das vítimas ficaram sabendo do cyberbullying pelo próprio filho. Nas famílias dos agressores, 25% descobriram através do seu filho.

cyberbullying

Medidas tomadas diante do cyberbullying

Denunciar para a plataforma digital (31%) e conversar com as famílias dos agressores (28%) são as medidas mais comuns tomadas pelos pais da vítima. Do lado dos agressores, as reações mais habituais são conversar com o próprio filho (31%) e conversar com a família da vítima (24%). Apenas 16% das famílias das vítimas acionam a Justiça ou vão à polícia. E 17% optam por ignorar o episódio.

As famílias da vítima têm mais dificuldade de lidar com a situação do que as famílias dos agressores. Em uma escala de 1 a 10, em que 1 é muito fácil e 10 é muito difícil, a média entre as vítimas é de 6,5 e entre os agressores, 5,8.

A pesquisa entrevistou 2.114 brasileiros que acessam a Internet, possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, renda mensal e distribuição geográfica desse grupo. Todos são pais de crianças e adolescentes de 0 a 16 anos. As entrevistas foram feitas on-line entre 11 e 24 de setembro de 2024.

O relatório completo, com mais detalhes, está disponível para download gratuito.

 

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