Em 2014, na América Latina, foram descartadas 17 quilotoneladas (Kt) de celulares no lixo. Considerando um peso médio de 140 gramas por aparelho, isso representa aproximadamente 120 milhões de telefones móveis jogados fora. Houve um crescimento de 30,8% em relação a 2009, quando a região descartou 13 Kt. A previsão é de que em 2018 sejam jogadas no lixo 19 Kt de celulares na América Latina. A região responde atualmente por 9% dos 189 Kt de celulares descartados no mundo. Os números fazem parte de um estudo realizado pela GSMA em parceria com o Instituto de Estudos Avançados de Sustentabilidade da Universidade das Nações Unidas (UNU-IAS). O cálculo foi feito com base no ciclo médio de vida dos telefones celulares.

17 quilotoneladas parece muito, mas corresponde a apenas 0,44% do total de lixo eletrônico descartado na região em 2014, ou 3.904 Kt. Em média, cada latino-americano descarta 6,6 Kg de lixo eletrônico por ano, sendo 29 gramas em telefones celulares.

No mundo, foram descartadas 41,8 mil Kt de lixo eletrônico em 2014. A liderança está com a Ásia (16 mil Kt, ou 38% do total), seguida da Europa (11,6 mil Kt, ou 28%) e da América do Norte (7,8 mil Kt, ou 19%). Na divisão por habitante, o primeiro lugar é da Europa (15,6 Kg por ano), seguida pela Oceania (15,2 Kg) e pela América do Norte (12,2 Kg).

Embora a quantidade de lixo gerada pelos celulares diretamente pareça pouca, é preciso lembrar que esses aparelhos têm um impacto muito maior quando levada em conta toda a sua cadeia produtiva. Para se ter uma ideia, para cada aparelho fabricado são extraídos, em média, 28,6 Kg de matérias primas e gastos outros 6 Kg de materiais diversos em seu processo produtivo.

Além disso, os telefones celulares contêm metais que podem contaminar o meio ambiente se forem descartados indevidamente. O estudo sugere as seguintes medidas para minimizar os danos causados pelo descarte de telefones no lixo: realizar  educativas; garantir acesso confiável a matérias primas; organizar coleta seletiva de telefones celulares; fomentar a indústria de gerenciamento e reciclagem de lixo eletrônico; e reconhecer o princípio de extensão de responsabilidade ao fabricante.

O estudo completo da GSMA está disponível neste link.

 

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