A Starlink deu passos importantes no Japão e no Reino Unido. Nesta quinta-feira, 1, a operadora japonesa KDDI lançou sua primeira torre de rede celular com conexão satelital da Starlink. No Reino Unido, a tecnologia da empresa de Elon Musk foi adicionada ao projeto de expansão de banda larga em áreas remotas na última quarta-feira, 30.
KDDI
Localizada em Hatsushima, ilha a 72 km de Shizuoka, o lançamento da torre mobile da operadora faz parte de um projeto ambicioso de expansão de sua rede em regiões remotas e rurais do Japão, uma vez que o país tem 6 mil ilhas e 16 mil montanhas.
Ao todo, 1,2 mil estações remotas estão planejadas pela KDDI e terão a conectividade oriunda da constelação de satélites de baixa órbita (LEO), no lugar da fibra ótica que é usada nas antenas urbanas.
Em contrapartida, a KDDI vai oferecer planos comerciais da Starlink para clientes de comércio e governo ainda em 2022.
A companhia faz testes com a Starlink em backhauk mobile desde 2021.
Reino Unido
Por sua vez, o Departamento de Cultura, Digital Mídia e Esporte (DCMS) do Reino Unido, confirmou que fará testes com equipamentos da Starlink para levar Internet de alta velocidade em áreas rurais e de difícil acesso. A escolha foi feita pela disponibilidade dos equipamentos no mercado local – atualmente o serviço custa 75 libras esterlinas por mês e 460 libras pelo hardware.
Com as provas, o DCMS quer avaliar a possibilidade de complementar o projeto Gigabit de expansão de redes de comunicação – avaliado em 5 bilhões de libras – com comunicação satelital. Três localidades foram eleitas para ter o site: Rievaulx Abbey, Wasdale Head e o Parque Nacional de Snowdonia.
Outras localidades na Inglaterra, Escócia e País de Gales foram mapeadas para receber essa conectividade no futuro. Embora tenha escolhido a Starlink para o teste, o governo britânico afirma que outras empresas poderão ser usadas em casas e comércios. Um exemplo citado pela secretária Michelle Donehan foi a OneWeb.
Em testes iniciais, o DCMS afirmou que obteve 200 Mbps de velocidade de download, uma taxa mais rápida que a conexão via cabo de cobre que é usada nessas localidades longínquas.