O ecossistema do iFood (Android, iOS) movimentou direta e indiretamente R$ 97 bilhões em valor bruto de produção em 2022. O montante representa 0,53% do PIB do Brasil e é gerado a partir dos pedidos realizados na plataforma. O percentual é um aumento de 10 pontos percentuais na comparação com o estudo de 2020, quando o efeito do iFood no PIB foi de 0,43%. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira, 1, e são de uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O estudo leva em conta toda a cadeia produtiva que a plataforma gera. Ou seja, para a compra de um bolo, é levado em consideração o pagamento dos funcionários do estabelecimento, a produção do bolo, o transporte dos insumos – tanto aqueles para fazer o doce quanto para embalar, entre outras variáveis.

Os negócios impulsionados pelo iFood geraram 873 mil postos de trabalho em 2022, sejam eles diretos ou indiretos. Naquele ano, o número representava 0,87% da população economicamente ativa.

A Fipe também avaliou o número de entregadores que passaram pela plataforma entre outubro de 2021 e setembro de 2022. Segundo o estudo foram 537 mil profissionais tendo o aplicativo como fonte de renda. Com relação ao tempo de atividade, constatou-se que, em um intervalo de 12 meses, o tempo médio de atividade profissional foi de 4,7 meses por entregador. E, em média, cerca de 212 mil entregadores permaneceram ativos, ou seja, realizando ao menos uma entrega.

Os dados da Fipe mostram que para cada R$ 1 mil de impostos gerados por compras no iFood, são coletados outros R$ 1.13 mil extras no restante da economia. E, segundo a pesquisa, para cada R$ 1 mil  gastos em restaurantes e mercados por intermédio da plataforma, são gerados R$ 1,39 mil adicionais na economia do País.

O estudo levou em consideração o período entre 2020 a 2022. Para o cálculo do total movimentado pelo iFood, foi adotado o conceito de Valor Bruto da Produção (VBP), que compreende a totalidade das transferências realizadas pela companhia, além das variações dos estoques. Ou seja, o valor de tudo que foi produzido. Vale reforçar que VBP é diferente do PIB, que é o valor de riqueza adicionado a uma economia (regional) em um determinado período de tempo.

 

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