A D-Link está reformulando a sua estratégia de negócios. Quer deixar de ser apenas uma fabricante de dispositivos eletrônicos conectados e passar a ser uma provedora de soluções fim a fim para o mercado corporativo, especialmente na área de Internet das Coisas. No Mobile World Congress nesta semana, em Barcelona, a companhia asiática apresentou o seu conceito de “edge as a service”, que consiste na entrega de soluções fim a fim de conectividade e análise de dados para áreas como varejo, transportes e segurança, mas cobrando como serviço, para gerar uma receita recorrente.
Para o varejo, por exemplo, a D-Link vende uma solução de análise do público que visita uma loja. A partir de câmeras conectadas espalhadas pelos corredores e softwares de reconhecimento de imagem, é possível contar quantas pessoas entram no estabelecimento, quais os setores mais visitados e quanto tempo os consumidores passam na frente de cada prateleira, além de traçar um perfil da audiência por gênero, idade etc.
Outro exemplo é a solução de estacionamento inteligente: sensores no chão informam quais vagas estão ocupadas e quais estão livres. Os dados são enviados em tempo real, para um servidor, que, por sua vez, passa para um aplicativo móvel no smartphone do usuário. Ao mesmo tempo, câmeras no estacionamento fotografam as placas dos carros. Se o veículo já estiver cadastrado no sistema, o motorista nem precisa se preocupar em passar pelo guichê de pagamento: o preço do estacionamento será cobrado automaticamente do seu cartão de crédito.
A transmissão de dados dessas duas soluções, assim como de outras que compõem o portfólio de “edge as a service”, acontece através de redes LTE privadas com padrão NB-IoT, montadas com microcélulas fabricadas pela D-Link e usando espectro não licenciado, como 5 GHz.
“No futuro tudo será serviço. O aparelho será grátis”, disse o vice-presidente de mobile IoT da D-Link, GK Lee.