Da lista semanal dos dez livros mais vendidos na base do Kindle, em média três são de autores independentes. A informação foi compartilhada por Alexandre Munhoz, gerente geral de livros da Amazon no Brasil, durante o Mobieditorial, evento online organizado por Mobile Time nesta terça-feira, 2.
Munhoz ressaltou que há um forte interesse dos leitores pelas obras do sistema de autopublicação de e-books da Amazon, o Kindle Direct Publishing (KDP). Em contrapartida, a Amazon dá espaço para os autores amadores ganharem espaço e público por meio de sua plataforma.
“Esse mercado é muito dinâmico e vivo. Muitos desses autores fazem a comunicação com seus consumidores diretamente pelas redes sociais. Às vezes são pessoas que escreviam, mas só distribuíam para os amigos (suas obras)”, explica o gerente. “Se o livro é bem avaliado, as pessoas leem até o final, ele ganha mais espaço (no aplicativo). Isso floresce vários outros atores do mercado, como capista, agência de promoção e revisores”, completa.
O KDP é um dos braços de crescimento da Amazon no Brasil. Além dele, Munhoz aponta o serviço de assinatura do Kindle Unlimited e a importação de livros como duas formas de atrair leitores para a plataforma.
“Quando você começa a mostrar (para o consumidor) ofertas interessantes, com um valor interessante, uma entrega boa, as pessoas acessam os livros. Nós investimos muito para que tudo funcione para atrair o interesse do leitor”, diz o executivo, ao lembrar que a divisão literária foi a primeira da Amazon em seus oito anos no Brasil.
Além da autopublicação, o executivo confirmou que está no radar de lançamentos a impressão sob demanda, uma função que permite ao autor imprimir e lançar sua obra impressa. Existente na Amazon dos Estados Unidos, Munhoz disse que essa ferramenta é importante e deve chegar ao Brasil, mas ainda sem data prevista.