Wayra

Paloma Castellamo, diretora da Wayra Madrid da Telefónica, durante keynote no MWC 2022

A diretora da Wayra Madrid, hub de inovação da Telefónica, Paloma Castellamo, afirma que há muitas áreas para explorar no metaverso, a interconexão entre os universos físico e virtual que tem a Meta (ex-Facebook) como principal proeminente. Durante painel no terceiro dia do MWC Barcelona 2022 (MWC 2022) nesta quarta-feira, 2, a executiva falou do recente objetivo da operadora de encontrar startups neste novo meio.

“Temos uma lista de novos setores que queremos explorar. Ontem (terça-feira, 2), anunciamos que estávamos procurando startups para o metaverso. Esse é um tópico em voga no MWC deste ano e acredito que será um tema forte para os próximos 20 anos”, prevê a especialista de investimentos. “O metaverso é um conceito muito aberto. Tem uma série de áreas que precisamos aprender junto aos inovadores (novas entrantes)”, conclui.

Batizada de Open2metaverse, a iniciativa da operadora coloca Wayra, Wayra X e Telefónica Ventures (veículos de investimento da companhia) na busca por empresas em todo o mundo com uso de caso em conectividade, dispositivos, plataforma virtuais, ferramentas de identidade, NFT e marketplaces – a quantidade de startups para o programa e montante de investimento não foram especificados.

As novas entrantes escolhidas terão o apoio do hub de investimento da Telefónica, que tem dez anos de mercado: “Foram 200 milhões de euros aportados em novas entrantes globalmente através de diversos veículos de investimento da Telefónica em dez anos. Investimos em mais de 800 startups por meio de nossos sete hubs, sendo que mais de 200 delas fazem negócios com a Telefónica. Um exemplo é o My Protection, um serviço de cibersegurança usado para proteger o portfólio do nosso aplicativo de streaming, o Moviestar+”, exemplifica Castellamo.

“As startups vêm até nós em busca de dinheiro e acesso à nossa base de clientes. E nós fazemos isso na Wayra. Investimos para ter acesso às informações, algo que esses inovadores têm e nós (Telefónica), não. Mas também para mostrar que temos um ‘pé no jogo’ e mostrar que em uma parceria ‘o seu sucesso é o meu sucesso’”, completa.

Importante dizer, paralelamente à iniciativa para novas entrantes, a Telefónica firmou uma parceria com a Meta para impulsionar a inovação em conectividade e tecnologia no campo do metaverso. Isso inclui a criação de um centro de inovação para testes de equipamentos e conectividades, o Metaverse Innovation Hub.

Aportes

A diretora da Wayra relata que a companhia “dobrará as apostas” e investimentos em startups que tragam inovação à Telefónica, mesmo em um ano em que as receitas estão mais abertas com o avanço da inflação e aumento no valor de produtos e serviços ao redor do mundo: “Nós temos a Wayra para trazer uma variedade de opções à mesa, estamos investindo mais com a Telefónica Ventures, voltada para startups em estágio avançado, e agora temos um fundo de equity com a K Fund na Espanha, o Leadwind, o maior da Espanha [70 milhões de euros] para injeção de capital em rodada de série B”, diz Castellamo.

“Estamos trabalhando com unidades de negócios. Trazendo essas startups para que mostrem como podem ter um papel junto à Telefónica”, explica. “Essa é uma época importante. Somos uma companhia com mais de 100 anos de existência. Se nós continuamos vivos por todo esse tempo, é porque fomos inovadores. Acredito que quando os tempos estão difíceis, o único modo de sobreviver é através da inovação”, conclui.

 

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