A cobrança do valor integral do Fistel é uma das principais barreiras para o desenvolvimento do mercado de operadoras móveis virtuais, mas o recolhimento da taxa depende de alguns fatores, como a ativação de chip. No caso da Surf Telecom, há uma discrepância entre a quantidade de chips enviados ao mercado e os de fato efetivados. Por isso, a companhia só recolhe Fistel dos SIMcards ativados e vinculados ao CPF do usuário.

Isso é feito com os Correios, MVNO de quem a Surf é enabler. “É a gente que recolhe o Fistel. Como temos numeração dinâmica, quando o usuário coloca o CPF, a gente atribui o número”, declara o CMO da empresa, Davi Fraga, após participação no Fórum de Operadoras Alternativas, nesta terça-feira, 2. “Todo mês, a gente faz a tributação. E quando o cliente cancela, nós reaproveitamos o número. Declaramos à Anatel as ativações e as desativações, e o delta disso é a média de crescimento que pagamos de Fistel todo o mês”, afirma.

A agência acompanha e questiona o número com o volume de vendas, mas isso não gera inadimplência com a taxa. Segundo ele, a referência de “algumas operadoras” é de que três em cada dez chips enviados ao mercado sejam efetivados. A Surf Telecom atua como uma MVNE, ou seja, uma enabler para operadoras móveis virtuais (MVNOs, na sigla em inglês), e está conectada à rede da TIM em âmbito nacional.

 

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