A Loja do Prazer, um dos maiores sex shops virtuais da América Latina, está reformulando o Sexsquare, espécie de Foursquare do sexo brasileiro lançado no fim do ano passado. Criado originalmente em parceria com o Grupo.Mobi, o Sexsquare está passando integralmente para o controle da Loja do Prazer, que planeja relançá-lo dentro de alguns meses, totalmente repaginado. "A usabilidade precisa ser melhorada. E vamos incluir filtros para a busca de pessoas, de acordo com as preferências dos usuários", explica Daniel Passos, dono da Loja do Prazer e idealizador do Sexsquare.

O aplicativo, disponível apenas para Android, funciona como uma rede social para as pessoas fazerem check-in a cada transa. É possível informar a posição sexual experimentada e se foram usados acessórios, além de classificar o tipo de transa ("rapidinha" ou amorosa), dar uma nota e escrever comentários extras. Cada check-in fica marcado no mapa público, visível para todos os usuários. Há um sistema de troca de mensagens privadas por dentro do app. As pessoas, obviamente, se cadastram com pseudônimos e são representadas por avatares. Até o momento o Sexsquare registrou cerca de 15 mil usuários e mais de 60 mil check-ins.

O cadastro no app requer a inclusão de um email. A Loja do Prazer aproveita as informações divulgadas no app para oferecer produtos para os consumidores de acordo com suas preferências sexuais. "Quem informa ter usado uma chibata em uma transa pode receber depois por email a oferta de uma algema", exemplifica Passos. A nova versão do app terá também um sistema de pontos, acumulados conforme o usuário compartilha informações de suas transas e que vão propiciar descontos nas compras na loja. Mas o executivo ressalta: o objetivo principal do app não é gerar vendas diretamente, mas reforçar a marca do sex shop. "Não somos simplesmente uma loja de produtos eróticos. Nós vendemos prazer, ou tudo o que dê prazer. Vendemos a fantasia", explica.

Não há planos de se desenvolver uma versão para iPhone. "Tentamos publicar na App Store quatro vezes e não fomos aceitos. Recentemente descobrimos que é por causa do nome. Mas não quero correr o risco (de ser barrado novamente)", relata.

A Loja do Prazer existe há 14 anos e é 100% online, com versões na forma de site web, site móvel e página no Facebook. Atualmente, cerca de 10% da audiência e 4% das vendas vêm de dispositivos móveis. A loja tem mais de 11 mil produtos em catálogo.