A entrada da inteligência artificial (IA) no cotidiano das pessoas começou a ganhar mais visibilidade com as novas tecnologias que estão no mercado. Soluções automatizadas como robôs de conversação e plataformas de predição, compreensão de texto e de reconhecimento de fala já estão no nosso cotidiano.
Ainda assim, a presidente da Microsoft, Paula Bellizia, revela que sua empresa quer mais: “A Microsoft tem que agir com a mudança que está se propondo. Temos um legado de sucesso que não funciona mais. Queremos aprender com todo mundo. Tivemos que mudar a nossa cultura. Em cima disso vem IA. Somos uma empresa de plataforma de serviço. O nosso sonho é ser a empresa que vai democratizar o IA”.
“Estamos vendo IA em tudo. Estamos produzindo cada vez mais dados, dados trazem inteligência e isso ampliará a capacidade humana. Vai ter ruptura? Sim. Temos que nos preparar para trabalhos que vão sumir e aqueles que vão desaparecer. A gente quer ser um parceiro de empresas como a Movile, que usa a IA na plataforma que vocês estão lançando hoje”, completou a executiva durante apresentação da nova plataforma da Wavy para WhatsApp Business, para a qual a Microsoft será responsável por armazenar a infraestrutura de IA na nuvem Azure.
Assim como Bellizia, Manoel Lemos, sócio da Redpoint Ventures, alerta que as empresas, quando entram em inteligência artificial, devem rever conceitos e resolver problemas. Para ele, a tecnologia ainda está longe da IA em tudo. Lembra que grande parte das aplicações de IA são “muito simples”, quase “equação básica”. “Não acho que a tecnologia sozinha resolve o problema, é preciso pensar e entender o problema”, disse Lemos.
Também presente no evento, o diretor de produto e parceria do Facebook na América Latina, Diego Moreira, recordou que, no caso do Facebook, a companhia trabalha com a metodologia de “trabalhe rápido e quebre rápido”, mas tem como foco sempre a usabilidade do consumidor. “Para nós, em IA, tem que trazer a experiência do usuário acima de tudo”, disse o executivo.
Um dos responsáveis por acelerar a adoção do WhatsApp Business no País, o diretor do Facebook lembra ainda que o importante para o IA é dar sucesso na outra ponta, no consumidor. Ele lembra o sucesso do chatbot do Luan Santana: “O bot do Luan Santana e seus fãs foram os responsáveis por quebrar a plataforma. Teve um pico de usuários jamais registrado na plataforma. As pessoas conversavam com o robô, ao ponto do bot receber: boa noite, durma com Deus”.