O Google e a Apple sofreram dois impactos fortes a respeito de práticas em seus assistentes virtuais nesta sexta-feira, 2. A Apple suspendeu o uso das gravações de vozes de usuários pela Siri, informou o TechCrunch, e o Google foi convocado por um regulador de dados e informação alemão a parar com prática similar no Google Assistente.
As duas empresas gravam uma parcela pequena das conversas entre os usuários e as assistentes virtuais. Os documentos são repassados para linguistas para analisar a qualidade das conversas e respostas, com intuito de melhorar a solução. Contudo, The Guardian e VRT descobriram que os especialistas contratados por Apple e Google estavam ouvindo conversas pessoais e confidenciais dos usuários.
No caso da Apple, a empresa afirmou que a prática está suspensa até o término de uma averiguação sobre a coleta de áudio para Siri. Além disso, a companhia adicionará uma atualização que dará a opção para o usuário escolher se deseja participar ou não do programa de melhoria de sua assistente virtual.
Por sua vez, o Google foi intimado a parar com a escuta e a coleta dos pedaços de áudios pelo Comissário de Proteção de Dados e Liberdade da Informação de Hamburgo, Alemanha. O procedimento administrativo é feito com base no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), da Europa, que proíbe o Google e seus parceiros de coletarem as informações por três meses. A companhia acatou a ordem e suspendeu as escutas desde a última quinta-feira, 1º de agosto.
Em nota, o regulador alemão ressaltou que a decisão vale para todos os países cobertos pela GDPR na Europa. Pede, ainda, que os demais escritórios avaliem se outros serviços de assistentes virtuais, como o da Amazon, estão fazendo o mesmo e adotem medidas similares para proteger os usuários.