Cocriar o ecossistema alimentar regenerativo do futuro. Com esse propósito, a Nestlé desenvolveu o Panela, um hub aberto de inovação e incubação, em 2021. Nesta terça-feira, 2, a iniciativa deu um passo além e ganhou espaço físico na sede da companhia, na cidade de São Paulo, o Panela House.
A plataforma serve como conexão entre a Nestlé, colaboradores, startups, universidades e parceiros empresariais. São diversos programas que atuam como um motor de novas ideias, tanto para repensar seu negócio centenário, quanto para ajudar a acelerar empresas nascentes. Tudo isso é viabilizado por investidores e financiamento externo.
Na sede recém-inaugurada, os participantes do projeto encontram apoio material. É possível usufruir de mais de 30 estações de trabalho, salas de reunião e internet. Uma cozinha experimental é equipada para a realização de protótipos. Em setembro, deve ser inaugurado um estúdio para produção de podcasts e lives. Atualmente, cerca de 70 startups estão inscritas, mas o local é aberto a qualquer uma, basta fazer um cadastro em www.panelanestle.com.br/programas/panelahouse.
Os participantes também recebem suporte técnico, gerencial e formação complementar, focada no empreendedorismo, com eventos, palestras e workshops. Pitch days e hackathons já foram realizados por lá, antes da inauguração oficial. Por meio do C-lab, são feitas pesquisas com consumidores para validação de conceitos e ideias. As foodtechs contam com profissionais para criar e testar novos produtos.
“É um ecossistema, porque a gente está falando de uma cadeia sistêmica, de problemas complexos, a cadeia alimentar. A gente precisa olhar ela do campo, passando pelo consumo e o pós-consumo, não só o produto na frente do nosso consumidor. A gente está falando de um ecossistema inteiro que a Nestlé está envolvida, e a gente precisa inovar”, explicou Renate Giometti, head de inovação e novos negócios da Nestlé, em coletiva de imprensa.
Hub de inovação
Comemorando 100 anos em 2021, a Nestlé se consolidou nos lares brasileiros, tendo no seu núcleo a venda de produtos físicos. Para se manter relevante, o desafio foi encontrar maneiras de se renovar. Daí surgiu a necessidade de criação do Panela.
“Há seis anos estávamos muito fechados, fazendo tudo sozinhos, mas entendemos que as coisas estão mudando, com ou sem a gente. Para isso, precisamos ter uma escuta ativa e participar disso. Isso passa por aproveitar a nossa envergadura de grande organização e entender qual é o impacto de uma organização que está em 99% dos lares”, avalia Carolina Sevciuc, diretora de transformação digital da Nestlé.
Antes mesmo da criação do Panela, nos últimos três anos, a Nestlé se conectou com 1,8 mil startups, desenvolvendo 150 pilotos e implementando 50 projetos em escala. Diferentes segmentos foram contemplados nessas parcerias, como agro, indústria 4.0, saúde e bem-estar, assim como a rede de fornecedores e vendas da companhia.
“As métricas de inovação vão além do faturamento. Quantos consumidores você vai impactar? Quantos consumidores você está trazendo para a companhia? Qual é o insight que isso está gerando para a companhia? Esses alavancadores vão fazer com que a gente construa novas vias de crescimento para a empresa”, resume Sevciuc sobre o papel do hub de inovação dentro da companhia.