O CEO da TIM, Alberto Griselli, disse que espera que a Anatel responda até o final desta semana ou começo da próxima sobre a proposta que a companhia fez em relação aos cálculos da ORPA de roaming nacional. Durante conferência com analistas de mercado nesta terça-feira, 2, sobre os resultados financeiros da operadora, o executivo comentou que espera que a Anatel não avance com a possibilidade de cancelar a venda da Oi Móvel.
“Houve uma discussão na imprensa. O presidente da Anatel (Carlos Baigorri) disse que, se não fosse cumprida (a ORPA), era o caso de discutir (o cancelamento do contrato da Oi Móvel). Mas em reunião, ele (Baigorri) esclareceu que não é o caso. O acordo não está em discussão de forma alguma”, relatou o CEO.
De acordo com a TIM a solução passa pela negociação de um novo valor atualizado. Na visão da empresa, a discussão está ligada a um ponto técnico e não existe discórdia ou estresse das três grandes companhias com o regulador, pois é apenas uma questão de entender a “contabilidade de custos” para resolver o impasse.
“As três operadoras concordaram com a Anatel que haveria um valor correto para o contrato de roaming. A Anatel propôs um valor, mas quando ela ofereceu esse número, não tínhamos acesso à metodologia para chegar ao valor. Depois recebemos o acesso e aceitamos algumas das mudanças. Na sexta-feira passada, enviamos à Anatel uma proposta revisada do nosso lado. Cabe à Anatel decidir se é viável ou não”, disse Griselli.
Na proposta da TIM ao regulador, o valor sugerido de referência de atacado pela operadora para tráfego de dados ficou em R$ 4,91 por GB. Segundo a empresa, o montante é “absolutamente compatível” com o preço médio do varejo, calculado pela própria agência, de R$ 5,86.
No entanto, a TIM incorporou à proposta quatro condicionantes:
– Contratos de roaming com prazo máximo de 18 meses em áreas coincidentes;
– Proibição à prática de roaming permanente;
– Manutenção do modelo de negócios de cobrança da assinatura M2M;
– Valores de referência iguais para todas as operadoras. Segundo a empresa, a medida seria para evitar que a regulamentação seja fonte de distorções competitivas.