O CEO da TIM, Alberto Griselli, confirmou que a operadora deve diminuir os preços nos planos pós-pago e controle na próxima semana a partir da redução do ICMS em telecomunicações. Durante a conferência com analistas de mercado nesta terça-feira, 2, sobre os resultados financeiros da operadora, o executivo explicou que no pré-pago a dinâmica será diferente, sem redução no preço da recarga, mas com a oferta de 1 GB a mais na franquia para a recarga mínima.
“Decidimos repassar o ICMS aos clientes no pós-pago e controle. Para o pré-pago será diferente. Temos que traduzir a redução de ICMS em mais dados para o cliente que entrar na TIM”, disse o executivo. “Trabalhamos no pré-pago com oferta de 15 dias por R$ 15. Para ficar mais viável comercialmente decidimos aumentar os dados fornecidos (sem baixar os preços). Vai valer mais do que a redução do ICMS”, explicou Griselli. O CEO também disse que a mudança acontecerá nos próximos 15 dias.
Griselli enxerga que o fato de baixarem o preço para o pós-pago e controle permitirá a entrada de mais clientes e aumento da migração de consumidores do pré-pago para controle. Além disso, o presidente da operadora explicou que a redução do ICMS será “importante para a empresa continuar a implementar a estratégia de promoções.”
Dinâmica do móvel
O CEO da TIM disse ainda que vê o cenário mobile como “bastante racional” e “estável” entre seus competidores. Griselli explicou que o diferencial de sua empresa neste momento é saber lidar com a alta inflação que está próxima dos 12% ao ano, em especial com ofertas que caíram no gosto do cliente da operadora.
“Atualizamos a nossa proposta de ‘mais por mais’ e isso se refletiu nas vendas. No ambiente geral está bastante estável com perspectiva positiva. Estamos crescendo 50% na base de clientes no pós-pago, controle e ARPU também”, comentou.
Vale lembrar, a companhia teve incremento da receita líquida do pós-pago, excetuando a aquisição dos ativos móveis da Oi, de 12,2%. A companhia também diz que houve evolução na receita média por usuário (ARPU) do segmento ainda sem considerar a incorporação, chegando a R$ 48,4, um aumento de 5,7% no comparativo anual. Em maio, a operadora promoveu reajuste do preço no controle e no pós-pago puro.
Já o pré-pago está em “ritmo de recuperação”, segundo a TIM. A receita líquida subiu 6,9% desconsiderando a Oi, e o ARPU subiu 7,4% e ficou em R$ 13,6. A operadora destaca que o número de recargas aumentou 1,1% no comparativo anual, e o gasto médio avançou 3% no período.
O executivo disse que não considera fazer estratégias regionais de comercialização. Em sua visão, a estratégia da TIM é nacional.
“Até o momento continuamos com oferta nacional e abordagem nacional. Temos clientes em áreas onde somos mais fracos. Portanto, nós queremos aumentar a participação de mercado e a performance. Estamos trabalhando permanente com a nossa estratégia de comunicação e de canais. Na oferta, não oferecemos nenhum desconto ou ofertas mais agressivas para ganhar mais participação de mercado”, afirmou. “No próximo trimestre haverá redução dos preços em todos, inclusive concorrentes, mas não será diferente. Não há uma piora da dinâmica de competição regional nesse momento. Considerando isso, a nossa capacidade está empregada na migração dos clientes, implementação do ICMS, que é um esforço bem grande que fizemos em sistemas de TI. E em termos de atualização de oferta, não há nada planejado nos próximos meses”, completou.