A operação no Brasil da Shein (AndroidiOS) é uma das cinco principais da empresa, disse Felipe Feistler, general manager da empresa no País. O marketplace foi criado em 2008 e está presente em 150 países. Durante o Fórum E-Commerce, que aconteceu na última quarta-feira, 31, o executivo explicou que o feito acontece graças ao forte crescimento da companhia desde o começo da operação local.

Em dois anos de atuação no mercado brasileiro, a Shein chegou a 45 milhões de clientes, e 22 mil vendedores (sellers ou 3P) em seu marketplace que respondem por 55% das vendas no País. Vale dizer que a companhia também apoiou a fabricação local, que produziu 2 milhões de peças ao longo deste período. Isso apoiado por um investimento acumulado de R$ 1,5 bilhão ao longo desses dois anos.

O executivo atribui os bons resultados ao fato de que a varejista une: a estratégia de digital-first (com foco no e-commerce e no app); os produtos diferenciados no marketplace; e os algoritmos de inteligência artificial (inclusive com regionalização para saber demandas e hiperpersonalização), que permitem ao consumidor encontrar rapidamente e precisamente os produtos que busca no app.

Do outro lado, a companhia tem apoiado os vendedores a serem “mais profissionais” e “focados na moda” com treinamentos: “Os dois lados (vendedores e compradores) se juntam na plataforma”, disse.

“Nesse ecossistema o consumidor acha o que quer. E os vendedores têm os melhores produtos e conseguem vender o que eles propõem”, resumiu o general manager.

1P na Shein

Outra parte desse negócio é a relação com os fornecedores de roupas (1P). Com eles, a estratégia da Shein é testar e trabalhar em escala, caso um produto tenha adesão: “Nos modelos antigos dos varejistas tradicionais, a produção de roupas seria de 500, 1 mil a 2 mil peças para lojas offline, testando a demanda. Se não tiver demanda, coloca desconto e eventualmente pode gerar descarte da roupa. Nós (Shein) vamos aos fornecedores, testamos a demanda e só depois escalamos”, explicou. “Ou seja, o fabricante faz a peça de roupa, nós testamos, e se houver demanda pode produzir mais. Então a gente roda toda cadeia”, completou.

Além da moda

Em conversa com Mobile Time, Feistler explicou ainda que a estratégia da Shein começa a ampliar o seu sortimento de produtos além da moda. Nos últimos meses, a companhia começou a oferecer produtos para casa, como decoração, cama, mesa e banho. O executivo explicou que a ampliação de produtos é um dos projetos para a Shein seguir crescendo no Brasil.

Imagem principal: Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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