A Uber iniciou uma campanha na Internet para pressionar o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a vetar o projeto de Lei que estabelece multas de alto valor a quem prestar o serviço de transporte de passageiros sem licença da prefeitura – empresas como a Uber passarão a ser multadas em R$ 7 mil por automóvel e seus motoristas em R$ 3 mil cada vez que forem flagrados operando sem licença. O PL 122/15 foi aprovado na semana passada pela maioria dos vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Em email enviado a todos os seus usuários na capital fluminense, a Uber comenta que os vereadores cariocas "cederam à pressão de uma categoria, ignorando completamente os interesses da população." Em seguida lembra que a decisão está nas mãos de Paes: "Soluções inovadoras e inteligentes para antigos problemas têm sido marca desta gestão, e neste momento o Prefeito é o único que pode impedir que isso se torne Lei." Ao fim, disponibiliza um botão para envio de um email para o endereço eletrônico do prefeito e de mais 55 representantes da prefeitura, incluindo o vice-prefeito e diversos secretários. Leia abaixo a íntegra do texto sugerido para envio:
"Caro Prefeito Paes, uma vez você disse que Prefeitos têm a capacidade de mudar a vida das pessoas. Como sei que você é um defensor da tecnologia e da liberdade, gostaria de pedir que VETE INTEGRALMENTE o Projeto de Lei 122/15.
O alvo desse projeto pode ser proibir a Uber. Mas o alcance do estrago vai além – proíbe até que novas soluções aplicadas ao transporte individual privado do Rio sejam criadas no futuro. Atinge diretamente o empreendedorismo e o desenvolvimento de tecnologia local.
Prefeito, em uma entrevista, você disse que era impossível fiscalizar todos os táxis do município e que criaria uma plataforma com funções muito similares às do aplicativo Uber para os táxis do Rio. Aplaudo sua decisão de inovar, mas Uber e Táxi são duas coisas diferentes. Eu quero ter o direito de escolher como vou me movimentar.
A cidade é feita de 6,5 milhões de cariocas que contam com você. Aposte, mais uma vez, na transparência. Garanta nosso direito de escolha e deixe mais esse legado para o futuro do Rio de Janeiro."