O CPQD inaugurou nesta segunda-feira, 2, o Núcleo de Evolução Tecnológica, um espaço com laboratórios voltados à produção de tecnologias e propriedades intelectuais em conectividade e energias renováveis em Campinas, cidade a 120 quilômetros de São Paulo. O local foi desenvolvido com investimento próprio de R$ 12 milhões do instituto de pesquisa, além de R$ 150 milhões em equipamentos que serão custeados via fundos de investimento nos próximos anos.
Segundo Frederico Nava, diretor de tecnologias e novos produtos do CPQD, os laboratórios podem ajudar no desenvolvimento de tecnologias tanto por iniciativa própria, como por demanda do mercado. A diferença é que quando é investido em plataformas próprias são usados “fundos que aceitam o risco tecnológico mais alto”, como Funttel e PPI; e quando é um problema vindo do mercado, o contato é direto “com empresa” e o combustível de investimento é por meio da Embrapii.
Como exemplo de soluções internas, Nava citou as plataformas de energias renováveis, inteligência artificial, blockchain e IoT. E em soluções do mercado, um projeto de telemetria (IoT e IA) para uma startup atender grandes montadoras com coleta de dados via Pailot do CPQD.
Atualmente, 70% do faturamento do CPQD vem de produtos, serviços, consultorias e ensaios laboratoriais que o instituto faz. Os outros 30% são projetos de inovação com clientes.
Estrutura
A ideia do Núcleo de Evolução Tecnológica começou a ser desenvolvida em 2022. Lançado nesta segunda-feira, 2, o espaço nasce com rede 5G privativa 4G e 5G standalone (SA) em uma série de frequências:
- 410 e 450 MHZ para IoT;
- 700 MHz em 4G e mirando parcerias em OpenRAN para colocar 5G operacional;
- 2,3 GHz e 2,6 GHz que ainda não estão operacionais;
- 3,7 GHz.
Segundo Gustavo Correa Lima, gerente de soluções de conectividade do CPQD, o centro de pesquisas ainda pleiteou acesso para a frequência de 4,8 GHz junto à Anatel. Em termos de produtos, o CPQD tem um core convergente de rede próprio (4G/5G) chamado C2N que pode ser integrado a um ecossistema de fornecedores de unidades de rádio, somando 10 a 12 fornecedores.
Além da conexão, o espaço está recebendo novos profissionais contratados para o centro de pesquisa. Em média 15 especialistas chegam por mês, a maioria para a operação de conectividade.
Imagem: Imagem da entrada do laboratório do CPQD em Campinas, SP (crédito: CPQD)