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Thiago Alvarez (à esq.), CEO do Guiabolso, e Vinícius Carrasco, economista-chefe da Stone conversaram nesta quarta-feira, 2, sobre as possibilidades do open banking

O open banking será um divisor de águas no Brasil. A abertura do sistema bancário permitirá o compartilhamento de dados e, com isso, o acesso a informações essenciais para oferta de serviços e produtos, entre eles o crédito. De posse do histórico de pessoas e empresas, será possível personalizar e oferecer aquilo que é mais adequado e a concorrência vai aumentar. O assunto foi discutido nesta quarta-feira, 2, durante o Guiabolso cast open banking, um papo entre Thiago Alvarez, CEO do Guiabolso, e Vinícius Carrasco, economista-chefe da Stone sobre “Como o open banking vai promover a descentralização do sistema financeiro”.

Segundo o executivo da adquirente, o Brasil está estagnado em termos produtivos porque as empresas não têm acesso fácil ao crédito. Mas, com o open banking, isso vai mudar porque o País terá mais opções de empresas ofertando crédito, mais concorrência nesse setor e o acesso será mais fácil e com melhores opções, com taxas menores. “O open banking será imperativo para aumentar a competição no setor de crédito e melhorar a produtividade entre as empresas. É um mundo que se abre na medida que novos serviços vão sendo ofertados para os clientes e incorporados por eles”, disse Carrasco. E completou: “Aumentar (a produtividade) é a única forma para se crescer de maneira sustentável. As taxas, com a falta de competição que a gente tem, são altas e torna o acesso ao crédito inviável para a maioria”, resumiu o executivo da adquirente. Segundo o economista, informação detida em silos não funciona, e uma empresa só cresce se tiver crédito.

Prazos

Com o desenvolvimento da infraestrutura do open banking será possível fazer a portabilidade de cadastro e, consequentemente, o mercado ganha com mais competição. Assim, para o economista-chefe da Stone, o maior desafio no momento para a implantação do open banking é cumprir com os prazos.

“O desafio agora é fazer a implantação da infraestrutura do negócio. Temos datas a cumprir, problemas de coordenação a resolver. Os entes envolvidos precisam se comunicar. A infraestrutura de cada um precisa se comunicar. São milhares de instituições mandatórias (ou seja, obrigadas a entrar no open banking) e outras que vão querer participar. Coordenar todos esses entes não é trivial”, alertou. Carrasco explicou que o Banco Central já delimitou as regras e que, agora, cabe às instituições participantes do open banking “garantir que a regulação seja executada”.

Durante a conversa, Alvarez, do Guiabolso, informou que sua empresa lançará em breve um portal com informações oficiais sobre o open banking.

 

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