Os smartphones representavam até o fim do ano passado 69% da base de celulares em serviço na América Latina. Essa participação será de 80% em 2025, projeta a GSMA, em novo relatório sobre a região publicado nesta semana. Os percentuais são sobre a base total de celulares, sem contar dispositivos IoT.
A base de linhas móveis em serviço na América Latina vai crescer 4,3% entre 2019 e 2025, passando de 638 milhões para 666 milhões, prevê a entidade. A penetração da telefonia móvel ao longo desse período de seis anos vai cair de 102% para 101% – isso se explica pelo fato de que o crescimento do total de linhas vai ser menor que o crescimento da população latino-americana no referido período.
O número de usuários únicos de telefonia móvel na América Latina, por sua vez, aumentará 13% entre 2019 e 2025, subindo de 428 milhões para 484 milhões. E a base de usuários de banda larga móvel (pessoas com dispositivos 3G, 4G ou 5G) crescerá 23%, passando de 343 milhões para 423 milhões de pessoas.
A tecnologia 4G, que em 2019 respondia por 49% do total de conexões móveis (excluindo IoT), representará 67% em 2025. O 5G, por sua vez, terá uma participação de 9% na região, com 62 milhões de conexões daqui a cinco anos.
Economia
Entre 2019 e 2025, as operadoras móveis latino-americanas somarão um Capex de US$ 99 bilhões. Sua receita anual foi de US$ 58,8 bilhões em 2019 e deverá ser de US$ 62,7 bilhões em cinco anos.
Em 2019, a indústria móvel respondeu por 7% do PIB da América Latina, com uma contribuição de US$ 421 bilhões. O setor emprega 620 mil pessoas e gerou US$ 33 bilhões aos governos em taxas, tarifas e impostos. Estes números consideram não apenas as operadoras, mas também outras empresas do ecossistema móvel, como fabricantes de infraestrutura e handsets.