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Depois de ser reconhecida como um importante caso de estudo sobre Radio-Frequency IDentification (RFID), a Brascol caminha para um modelo de atacadista omnichannel. De acordo com Antonio Almeida, superintendente da empresa, a companhia começa a adotar o VTEX para gestão de estoque e marketplace, inclusive em mobile.

“Estamos nos preparando para falar com a nova geração. Esse pessoal começa a assumir o negócio de suas famílias – lojas – e a digitalizá-los. Por isso, estamos levando acesso ao ERP integrado, fullfilment (espaço no armazém) e marketplace integrado de lojas”, disse o executivo.

“A ideia do omnichannel do atacadista é a mesma do varejo. O lojista compra online e recebe o produto no mundo físico. Já temos mais de 20 marcas com e-commerce próprio – e entrarão no marketplace – e estimamos ter 40 marcas até o final de 2020”, completou.

O superintendente disse que pretende colocar em até um ano soluções financeiras para seus consumidores. Entre os serviços em estudo estão a criação de um cartão da marca e a possibilidade de ofertar seguro contra incêndio aos lojistas.

Vendas

Outra solução oferecida pela Brascol é a venda por WhatsApp. Durante contato com o comprador, o vendedor usa o app de mensageria para fazer o contato com os clientes. Na conversa um a um, o profissional envia o link da loja online da Brascol com o produto desejado, por exemplo. Além disso, a cada 15 dias a base de clientes recebe notificação por push, WhatsApp e e-mail marketing.

Segundo Almeida, o principal benefício neste formato é o fato de que o vendedor passa a ganhar comissão com as vendas online. Neste cenário, a empresa manteve uma receita estável em 2019, mas cresceu 20% no e-commerce. E o mobile representou 30% do total de suas vendas, sendo que a companhia usa apenas site responsivo. Atualmente, a empresa tem uma base de 25 mil clientes.

RFID

Na conversa com Mobile Time, o superintende da Brascol explicou que a base do desenvolvimento da empresa foi a mudança de mentalidade mais digital, um tema que teve início há cinco anos com a adoção de etiquetas RFID para o controle de todo o inventário.

“Sem o RFID não teríamos e-commerce e marketplace depois. Estamos no meio de um processo de transformação fundamental dos negócios”, afirmou. “Com mais de 120 mil SKUs, como vou controlar estoque, roubo e abastecimento? Ou fecha os olhos ou faz uma gestão inteligente”.

Como resultado, a atacadista conseguiu reduzir em 25% o volume de peças no estoque. Em fornecedores, um dos principais problemas para a gestão de materiais, a Brascol possui mais de 300 empresas que colocam etiquetas com o marcador.

Na próxima etapa, além da frente de negócios com marketplace e omnichannel, a atacadista pretende adotar um sistema de atendimento e vendas automatizado, ainda em estudo, e um novo sistema de gerenciamento de armazém (ou Warehouse Management System, WMS, em inglês) para o galpão no Brás, região central da capital paulista.

Cultura

O executivo esclarece que o projeto avançou devido ao apoio de todas as áreas da empresa, da direção ao chão de fábrica. Inclusive, um dos diferenciais é que a companhia custeou parte de cursos de gestão, tecnologia e MBA em universidades como FGV e Insper para 20% dos seus 400 funcionários. Hoje, o colaborador da atacadista que deseja fazer um curso de TI tem 40% do valor pago pela Brascol.

“O importante é que nós damos ferramentas para incluir as pessoas na tecnologia”, disse Almeida, ao lembrar que a saída de sua equipe é baixa. “Seguramos as pessoas com projeto e proposta para o futuro. E sempre explico aos funcionários para onde a empresa está indo”.

Foto Antonio Almeida superintendente da Brascol

Antonio Almeida, superintendente da Brascol

 

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