Visa; contactless; pagamento sem contato

Fernando Teles, country manager da Visa no Brasil

O country manager da Visa no Brasil, Fernando Teles, afirmou que pretende expandir a oferta de pagamentos sem contato em praças de pedágio após os primeiros testes. Atualmente, o serviço de contactless estava ativo em algumas praças no estado de São Paulo: “Depois do piloto, nós podemos avançar. E qualquer praça de pedágio pode se candidatar para ter o pagamento por aproximação”, afirma o executivo.

Teles explica que existia outro piloto na Linha Amarela no Rio de Janeiro, mas precisou ser paralisado devido ao imbróglio entre a concessionária Lamsa e a prefeitura da cidade. A via expressa liga às zonas norte e oeste da capital fluminense. Vale lembrar que o pedágio da Via Lagos, rodovia fluminense que lega à Região dos Lagos, conta com uma faixa de exclusiva para o pagamento em débito por aproximação.

A tecnologia NFC usada em meios de transportes é uma das apostas da bandeira de cartões para incentivar este meio de pagamento. Além dos pedágios, o serviço está disponível em estações de metrô e ônibus de São Paulo, assim como nos metrôs e barcas do Rio de Janeiro.

Outra frente de crescimento do pagamento sem contato é o comércio de rua. Para isso, Teles lembra que a Abecs ampliou no começo de fevereiro o limite para compras sem contato e sem necessidade de senha, de R$ 100 para R$ 200.

Consumo

De acordo com Oscar Pettezzoni, head of Visa Consulting & Analytics da Visa no Brasil, o pagamento por aproximação cresceu cinco vezes nas bases da empresa, saindo de 2% em janeiro para 10% em dezembro de 2020 do total das transações presenciais (face-to-face, na linguagem do mercado).  O segmento de alta renda foi aquele que mais avançou na utilização da tecnologia, mas o executivo afirma que há espaço para seguir crescendo.

“Há espaço para crescer na tecnologia do pagamento sem contato. Por exemplo, Chile (60%), Peru (30% e Colômbia (20%) são maiores em pagamentos contactless que o Brasil. Hoje, 52% dos brasileiros ainda pagam compras de R$ 50 a R$ 100 com dinheiro”, diz Pettezzoni, ao lembrar que os setores como supermercados, farmácias e padarias tiveram mais uso do contactless no auge da pandemia do novo coronavírus (entre abril e maio).

Da base, o head da consultoria da Visa afirma que nove entre os dez maiores emissores de cartões do País emitem tarjeta com NFC atualmente, e 92% das máquinas de cartões estão habilitadas para este tipo de pagamento.

 

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