A Transire, fabricante brasileira de máquinas de POS, acumula 46 milhões de terminais de pagamentos produzidos desde a inauguração da sua primeira planta fabril na Zona Franca de Manaus em 2015. O número foi apresentado durante o evento Transire Day, na última sexta-feira, 31, em São Paulo.

“A Transire democratizou as maquininhas de cartão no Brasil. Antes não se pagava com cartão de crédito no camelô, no táxi, na feira. Aí criamos uma máquina pequenininha que revolucionou o mercado de pagamentos. Até então havia poucos adquirentes: Cielo, Rede, Getnet… Hoje são muitos e todos hoje possuem pelo menos uma máquina nossa”, relembrou Gilberto Novaes, fundador da companhia.

O mercado de máquinas de POS se diversificou bastante desde a chegada da Transire. Muitos modelos ganharam o sistema operacional Android e se assemelham a smartphones em suas funcionalidades. Até mesmo a segmentação do portfólio lembra aquela adotada no mercado de smartphones: há modelos classificados como de entrada, mid-tier e high-end. A capacidade do processador é um dos critérios de corte: a Transire considera como gama média as máquinas com quad-core e como top de linha aquelas com octa-core, por exemplo.

Hoje a Transire fabrica no Brasil máquinas das marcas Pax, Nexgo, Sunmi, Morefun, Telpo e Spiralis. Esta última é da própria Transire com três ODMs para desenvolver seus próprios equipamentos.

MDM, direct pin e gestão de mídia: novidades da Transire em 2025

A fabricante anunciou uma série de novidades para 2025 que vão além das maquininhas. “Não vendemos mais equipamentos apenas. Vendemos soluções”, resumiu Novaes.

A que mais chamou a atenção no evento é o Direct Pin, um pinpad para caixas de supermercado que se comunica via Wi-Fi diretamente com o banco emissor do cartão para validar uma transação sem que os dados precisem passar pelo tradicional protocolo TEF. Essa solução reduz o risco de fraudes e barateia o recebimento de pagamentos pelas redes de supermercado.

Outra novidade é uma plataforma de gerenciamento de terminais móveis (MDM, na sigla em inglês), que permite a uma empresa gerenciar remotamente seu parque de máquinas de POS. Batizada como MDM Hub, torna possível atualizar remotamente o software; bloquear ou desbloquear equipamentos; restringir aplicativos; gerir mídia etc. A funcionalidade de gestão de mídia do MDM Hub permite se comunicar com o lojista ou com o consumidor pela tela da máquina após a conclusão do pagamento, viabilizando, por exemplo, a realização de pesquisas de satisfação.

Para desenvolvedores, a Transire disponibilizou uma biblioteca que padroniza a programação dos softwares das maquininhas em até 90%. Ou seja, ao criar o software para ma máquina de POS, eeste é rapidamente portado para quaisquer outros modelos. Essa solução foi batizada como FastDev. Outra novidade é a Go Android, uma solução para tradução de sistemas de automação comercial em Windows/Linux para Android, via API. Isso permite que lojistas mantenham seus softwares atuais mas adotem os terminais de pagamento da Transire construídos em Android.

Imagem no alto: Gilberto Novaes durante o Transire Day, em São Paulo (Crédito: Fernando Paiva/Mobile Time)

*O jornalista viajou a convite da Transire

 

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