As assinaturas móveis 5G chegaram a 1,7 bilhão no final de 2022, representando 18% do total de assinaturas móveis em todo o mundo. A previsão da GlobalData, divulgada nesta quarta-feira, 3, é que esse número suba para 5,5 bilhões, com a quinta geração tendo uma participação de 48% entre todas as assinaturas até 2027.

O relatório “5G – Thematic Report”, mostra que, nos EUA, a penetração de 5G aumentará 53%, no final de 2022, para 162%, até 2027. Na Europa, esse mesmo indicador subirá, nesse período de cinco anos, de 15% para 88%; na China, de 86% para 154%; e na Índia, de 1% para 40%.

Na análise da GlobalData, o 5G não decolou, como muitas operadoras esperavam. A tecnologia ainda precisa de um caso de uso forte para os consumidores (B2C), além do FWA. As operadoras continuam a buscar por estes casos, dada a dificuldade em oferecer serviços B2C 5G por uma taxa premium. Jogos em nuvem, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) estão entre as áreas que provavelmente serão exploradas em busca de oportunidades.

De acordo com o relatório, há sinais de que as empresas estão mais dispostas a considerar o 5G como um serviço de acesso primário. Elas buscarão cada vez mais a conectividade sem fio como uma forma de conectar um ambiente de trabalho híbrido mais fluido. Redes privativas 5G, em particular, estão posicionando-se como um complemento para redes Wi-Fi integradas.

A inflação e a escassez de recursos, duas tendências macroeconômicas de 2023, provavelmente afetarão a adoção do 5G, analisa a GlobalData. Por um lado, os provedores de serviços permanecem sob pressão financeira, com aumento de salários e custos, principalmente de energia. Por outro, a escassez de componentes, principalmente de chips, pode desacelerar as remessas de aparelhos 5G e o ritmo em que os consumidores os adquirem.

Para a consultoria, os padrões de telecomunicações da próxima geração, incluindo 5G e 6G, desempenharão um papel cada vez mais importante no embate pela supremacia tecnológica entre os EUA e a China. Isso por conta da proibição da venda e importação de equipamentos de telecomunicações de empresas chinesas, como Huawei e da ZTE, no país americano e em outros.

 

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