A TIM começou a realizar testes piloto com 5G na faixa de 3,5 GHz em Florianópolis/SC, em parceria com a Huawei e a UFSC. E terá outros dois campos de testes no País até o final do ano, em Santa Rita do Sapucaí/MG, com Ericsson, e Campina Grande/PB, com a Nokia. A empresa pretende replicar no País alguns dos casos de uso que vêm experimentando em 5G nas cidades italianas de Bari, Turim e San Marino, também em 3,5 GHz.
O diretor de engenharia da TIM Brasil, Marco Di Costanzo, cita as verticais de agricultura, portos, saúde, cidades inteligentes e indústria como as mais promissoras em demanda para 5G no País.
“A automatização dos portos ainda é muito baixa no Brasil. Isso gera perda de competitividade”, comenta. “Em smart cities, há espaço para semáforos inteligentes, medidores de poluição etc”, acrescenta.
A TIM está preparando a sua rede desde já para o advento do 5G, antes mesmo da licitação de 3,5 GHz, prevista para março do ano que vem. Entre os preparativos estão a ativação da rede LTE A-Pro (chamada de 4,9G), backhaul de alta capacidade, atualização do core na nuvem e uma arquitetura de data centers distribuídos.
O executivo projeta que a TIM fará um lançamento de uma rede pré-comercial de 5G em 3,5 GHz ainda em 2020. E a oferta comercial deve acontecer em 2021, já também com a possibilidade de fatiamento da rede (network slicing).
“No 5G, o Brasil não pode ficar atrás de países supostamente mais industrializados. Os brasileiros são mais digitalizados que a população de outros mercados considerados avançados. Nos top 5 apps do mundo, como Waze, Youtube e Facebook, o Brasil é sempre o segundo ou o terceiro em número de usuários no mundo. Serviços digitais têm uma grande adoção aqui”, comenta o executivo.