Um grupo de cerca de doze advogados lançou nesta sexta-feira, 3, uma campanha com o objetivo de bloquear a aquisição planejada do Twitter (Android, iOS) por Elon Musk.
Entre as bandeiras do grupo está a crença de que o bilionário degrade salvaguardas importantes na plataforma caso assuma o controle. No site da campanha, batizada de Stop the Deal (‘pare o acordo’, na tradução livre), os advogados alertam que Musk “pode desacelerar as salvaguardas básicas de moderação de conteúdo e fornecer um megafone para extremistas que traficam nacionalismo branco, ódio, desinformação e assédio – colocando em risco ainda mais as comunidades marginalizadas”. O site da campanha prevê que Musk “restabeleceria contas no Twitter de figuras públicas que foram banidas por incitar a violência e espalhar desinformação perigosa”.
Sem mencionar o nome do ex-presidente Donald Trump, esse desejo pode se aplicar ao seu caso, uma vez que ele foi banido do Twitter após os ataques ao Capitólio, nos Estados Unidos.
As crenças de Elon Musk
Musk defende que o Twitter pode ser um espaço para ser um fórum aberto para uma variedade de ideias, promovendo a “liberdade de expressão”. Musk imaginou uma plataforma com menos regras sobre o que é e o que não é permitido falar, embora reconheça que ainda precisa seguir as leis internacionais. Ele também disse que as proibições permanentes, como a atualmente ativa contra Trump, devem ser temporárias.
As crenças dos advogados
O grupo Stop the Deal acredita que menos moderação de conteúdo não significa necessariamente que o discurso será mais “livre”, mas levará a mais assédio às comunidades marginalizadas.
“Nossa segurança e democracia não devem estar à mercê de bilionários sem responsabilidade – seja Elon Musk ou qualquer outra pessoa. Não podemos permitir que Elon Musk possua uma parte tão grande do nosso ecossistema de informações”, defende o grupo em texto em seu site.
No site Stop the Deal, o grupo sugere que as pessoas tuítem mensagens para Musk, para os anunciantes no Twitter e para os acionistas da Tesla, empresa na qual o bilionário é o CEO, contra o negócio de US$ 44 bilhões. e que está suspenso temporariamente.