Como parte de sua estratégia de "transformação digital", a Oi lançou nesta quarta-feira, 3, o aplicativo Oi Livre voltado ao relacionamento do cliente pré-pago. A ideia é tentar não apenas facilitar a contratação de pacotes e recargas para o usuário, mas permitir um ganho operacional para a tele.
O app tem interface simples, mas por enquanto opera com restrições. O aplicativo está atualmente limitado a clientes no Rio de Janeiro. Além disso, restringe a forma de pagamento ao cartão de crédito, embora a operadora afirme que a inclusão de outras formas seja prevista. "O pagamento em débito é prioridade, mas não tenho data ainda", declara o diretor de estratégia e transformação de negócio da Oi, Maurício Vergani. Segundo ele, a inclusão é importante porque o aplicativo mira justamente no cliente com esse perfil de pagamento. A inclusão de outras cidades/estados também não tem data certa, mas deverá ser ainda neste segundo semestre. Ao todo, o Oi LIvre tem 15 milhões de assinantes no País.
O app oferece um bônus pela indicação do plano para contatos do assinante. Caso o amigo aceite, os dois usuários podem ganhar um pacote de 1 GB e 25 minutos no pré-pago e controle. Vale lembrar que o app permite a navegação sem desconto na franquia de dados (zero-rating) para clientes da operadora.
O aplicativo Oi Livre já está disponível para iOS na App Store da Apple e para Android na Google Play.
Planos
Há a intenção de expansão do aplicativo Oi Livre para outros serviços como móvel pós-pago, banda larga fixa e, em particular, a TV pré-paga, que compartilha o sistema de contratação de crédito. Vergani explica que a companhia acumula experiência com um aplicativo similar para pequenas e médias empresas, o Oi Mais Empresas, que permite a contratação de banda larga fixa e já conta com 150 mil clientes. "A gente fechou o ciclo, ainda estamos no processo de aprendizado, mas a lógica já está pronta, agora é muito mais simples replicar no Oi Total", declara, citando o combo com serviços fixos.
O executivo explica que a empresa trabalha com seis grupos (a quem chama de "squads") paralelos destinados ao serviço digital. "Ano que vem, vamos pular para 18 squads, então a capacidade de fazer isso vai multiplicar por três. Estamos preparando para aumentar a capacidade de trabalho para fazer mais coisas em paralelo", declara.
Conforme explica o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik, a inclusão da TV pré-paga na plataforma "não é difícil de fazer", já que compartilha os meios de bilhetagem. Mas, além da recarga, a ideia é poder passar a oferecer também conteúdos pelo app, como filmes em VOD ou canais PPV. "Quem não tem a caixa conectada acaba tendo que ligar para o call center, então isso vai ser feito pelo app (no futuro)", afirma.