Os pedidos do prefeito do Rio, dos atletas estrangeiros que vieram para as Olimpíadas e dos milhares de fãs da Nintendo no Brasil foram ouvidos: o jogo Pokémon Go (Android e iOS) foi disponibilizado na América Latina nesta quarta-feira, 3. O aplicativo é o lançamento de maior sucesso da história do jogos para dispositivos móveis, sendo baixado mais 75 milhões de vezes em menos 20 dias de existência. Atualmente, estima-se que já tenha passado dos 100 milhões.

O anúncio da chegada foi feito pelo perfil do jogo no Twitter. Mais cedo, a empresa avisou aos ansiosos e curiosos fãs brasileiros que o app passaria a funcionar nesta data no Brasil, mas não havia mencionado o resto da América Latina. Note-se, contudo, que o site do Pokémon Go está apenas em espanhol, sem versão para português. Todos os tuítes foram feitos em inglês. E o jogo em si não foi traduzido, permanecendo em inglês. Para quem baixou o app em lojas ou sites independentes agora é preciso atualizá-lo, pois a produtora Niantic disponibilizou a versão 1.1.0.

Fora da América Latina, o jogo está presente em 32 mercados. Estima-se que a Nintendo fature aproximadamente US$ 10 milhões por dia com o game. Vale lembrar, que o Pokémon Go é o segundo jogo da Nintendo no universo mobile: o primeiro foi o Miitomo, lançado na última semana no Brasil.

A Nintendo deve lançar no próximo mês um wearable chamado Pokémon Go Plus, que servirá para alertar a presença do pokémons ao redor usuário, sem que ele precise olhar a tela do smartphone.

Análise

A chegada do Pokémon Go às vésperas da abertura das Olimpíadas é uma jogada de mestre em marketing. Mesmo sem gastar um tostão em patrocínio da Rio 2016, a Nintendo contará com uma farta cobertura da mídia internacional associando seu game aos jogos olímpicos. Alguns dias atrás já havia matérias na mídia estrangeira sobre atletas reclamando que não podiam pegar pokemons no Rio de Janeiro. Ou seja, o que já é tido com o maior lançamento móvel da história, caminha para quebrar mais recordes em quantidade de downloads em pouco tempo. A continuar nesse ritmo será provavelmente o app a atingir mais rapidamente a marca de 1 bilhão de downloads, integrando um seleto clube onde figuram também Facebook, WhatsApp, YouTube, Google Maps e Facebook Messenger. Só faltaria virar esporte olímpico nos jogos de Tóquio em 2020.

 

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