Um executivo ligado ao projeto do smartphone Quantum GO, lançado esta semana pela Positivo, revelou que o modelo de negócios proposto pelos criadores da Quantum – vendas por e-commerce, sem intermediários – garante entre 25% e 30% de redução de preço, em comparação com o modelo tradicional de vendas e distribuição.
Em teoria, essa diminuição no preço final do produto ajudaria na produção de um smartphone de qualidade, com configuração razoável e boa performance. Um exemplo dado, é o processador octa-core da MediaTek, usado para obter uma performance similar ao Moto X Play, lançado em agosto pela Motorola.
A ideia foi reforçada por um dos criadores da Quantum, o general manager Marcelo Reis. Conforme expôs durante a apresentação da marca e de três novos smartphones para o mercado brasileiro. “Com o menor investimento possível, nós queremos revolucionar o mercado de semartphone brasileiro”, afirmou Reis. “Nós adaptamos o modelo da Xiaomi e da Meizu para o Brasil. Com a Positivo, o Quantum GO vai sair da fábrica direto para o cliente”.
Xiaomi à brasileira
O Quantum GO será vendido apenas pela loja da Quantum na Internet e custa a partir de R$ 699. No entanto, a companhia aposta em ‘quiosques de degustação’ para atrair o consumidor para testes e comparações com produtos de rivais. Serão 20 quiosques espalhados em grandes cidades brasileiras, com notebooks instalados para o cliente efetuar a compra. Thiago Miashiro, o head of business da Quantum e co-criador, informa que em breve os pontos venderão os handsets.
Outro diferencial entre nova marca brasileira e sua rival chinesa é a parceria com B2W e Cnova. Os administradores de sites de comércio eletrônico servem apenas de ‘marketplace’, para expor os produtos da Quantum em seus sites – por um valor não revelado. O faturamento e a logística fica a cargo da Positivo.
“O modelo de negócios da Quantum precisava ser testado. Mas entendemos que era necessário testar de maneira rápida”, indicou o presidente da Positivo Informática, Hélio Rotenberg. “A marca Positivo é muito forte na nova classe média, a classe C. Agora queremos atingir outro público, aquele que gosta de tecnologia”. O público que a marca mira é o mesmo da Xiaomi: jovens com aptidão à tecnologia e produtos de alta qualidade de design.
Miashiro apontou que a busca pelo relacionamento com os jovens fez a marca investir em publicidade online, ao contrário da Xiaomi, que não gasta com marketing. "Nossa campanha é muito focada no online. Investimentos em Facebook, Twitter e faremos propagandas nos principais portais de notícias”, explicou o executivo. “A nossa estratégia é focada no cara digital”.