Durante o lançamento da Quantum, nova marca de smartphones da Positivo, o presidente da divisão de informática da fabricante, Hélio Rotenberg, falou sobre o possível fim da desoneração de PIS e Cofins na fabricação dos smartphones e tablets até R$ 1,5 mil, a MP do Bem. Para o executivo, ainda há possibilidade reversão. Ele acredita que, como o fim da desoneração foi proposto pelo governo federal e ainda deve passar pela aprovação do Congresso, é possível articular uma continuidade do ato fiscal.
“O fim da MP do Bem foi um grande surpresa para nós, fabricantes. Nós vamos conversar e tentar reverter isso. Falaremos com os parlamentares sobre a importância dela”, enfatizou Rotenberg. “Precisamos tentar reverter isso, pois na ponta (de fabricação) isso é 10% a mais no bolso do consumidor”.
No entanto, em conversa com o MOBILE TIME, Hélio Rotenberg apontou uma preocupação maior para a fabricação de seus smartphones do que o fim da MP do Bem: a escalada do dólar no câmbio, o que afeta diretamente as compras de insumos para os produtos da Positivo.
“Me preocupa muito mais a alta do câmbio (dólar) do que a MP do Bem. Veja, a MP do Bem vai aumentar 10%, enquanto o dólar subiu 60% desde o começo do ano”, explicou o executivo brasileiro. “Isso afeta diretamente na minha fabricação. Hoje, 30% dos custos são em reais e os outros 70% são em dólares”.
Consumo
Ao apresentar os três novos modelos de smartphones da família Quantum GO, o presidente da Positivo Informática garantiu que manterá os preços dos novos handsets, a partir de R$ 699, mesmo com um eventual fim da desoneração do PIS e Confins.
O presidente da companhia brasileira disse ainda que o atual cenário caminha para um grande “salto de vendas” para a Black Friday, época sazonal de descontos que tem seu cume na última sexta-feira de novembro, 27, antes das festas de fim de ano. Em sua visão, com medo do dólar subir e do aumento de impostos, o brasileiro deve gastar mais com smartphones antes do apagar das luzes de 2015.