A Motorola Mobility escolheu aplicativos nacionais das categorias de estilo de vida, jogo e pesquisa de conteúdo e locais para atender à exigência do governo federal para smartphones desonerados pela Lei do Bem. A partir de 10 de outubro, os produtos beneficiados pela isenção tributária devem trazer no mínimo cinco aplicativos nacionais.
“Não vamos revelar os nomes (dos apps) ainda, mas em termos de categoria, conseguimos fazer uma boa diversificação. Temos um jogo, um aplicativo de saúde e estilo de vida, e alguns de pesquisa de conteúdo, de lugares próximos ao consumidor, que poderia ser considerado de produtividade”, conta Renato Arradi, gerente de produtos da Motorola Mobility. Segundo o executivo, os cinco primeiros apps não são de grandes corporações, mas de pequenos desenvolvedores e empresas médias.
A fabricante está aguardando a aprovação do pacote inicial pelo governo e está em negociações com outras empresas e pessoas físicas para as próximas etapas da portaria. Ela também deve anunciar um aplicativo de desenvolvimento próprio na área de ecologia nas próximas semanas.
Os apps nacionais da Motorola serão disponibilizados dentro de uma aplicação para que os usuários tenham a opção de instalar e desinstalar as ferramentas. “A maior preocupação que a gente tinha era quando a portaria previa inicialmente que os aplicativos fossem somente pré-carregados. Há pessoas que não gostam de ter aplicativos pré-carregados, porque se elas não usam o app, não conseguem desinstalar. Mas a gente teve uma boa conversa com o governo e eles flexibilizaram as opções, o que foi ótimo”, diz Arradi.
A Motorola não revelou como está realizando as parcerias com as empresas e desenvolvedores, mas é certo que envolve uma relação comercial. “Nesse primeiro momento o que posso dizer é que buscamos alguma coisa interessante para os dois lados, dando destaque para os aplicativos e cobrindo uma necessidade nossa”, afirma Arradi.
Critérios
Para definir os aplicativos de seu pacote, a Motorola tem buscado ferramentas que tenham certo destaque dentro das categorias, e que tenham ‘uma adoção razoável de usuários ou que sejam bem avaliadas’. “A questão é ter um certo nível de confiança no aplicativo, porque uma vez que vamos recomendar um portfólio de aplicações, temos que ter uma certa tranquilidade, saber que não vai ter problemas em diversos fatores e que não vai trazer insatisfação aos consumidores”, explica o executivo. Ele reitera que qualquer aplicativo novo de um pequeno desenvolvedor é elegível para o pacote da fabricante, desde que tenha qualidade e seja útil para a população.
A Motorola testa os aplicativos em aparelhos diferentes para se certificar de que o desempenho e os recursos técnicos deles funcionem bem em smartphones com telas, processadores e versões do Android diferentes. “Os critérios acabam orientando o próprio mercado, que vai ficando mais maduro, e os desenvolvedores vão sendo mais cuidadosos”, opina Arradi.