A Oi decidiu igualar os preços das chamadas de seus clientes móveis para números celulares de quaisquer operadoras, adotando a mesma estratégia anunciada pela TIM na última sexta-feira, 30. A medida vale a partir de agora para os novos clientes pré-pagos e será estendida para os planos controle e pós-pago até o final do mês. Além disso, igualou o preço do minuto excedente em qualquer plano, seja pós ou pré-pago, para dentro ou para fora da rede: R$ 0,30. Esse valor é quase 90% menor que aquele praticado até então em alguns casos no pré-pago. A iniciativa decorre da queda da tarifa de interconexão (conhecida como VU-M) entre redes móveis no Brasil. Ela custava em média R$ 0,31 por minuto em 2012. Hoje custa R$ 0,16, vai cair para R$ 0,10 em fevereiro e deve chegar a R$ 0,03 em 2018.
Segundo o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik, em outros países, o movimento de unificação de tarifas costuma ser realizado por teles com menor participação de mercado, o que acaba ajudando-as a conquistar market share. É o que ele espera que aconteça com a Oi, embora não possa revelar as metas internas.
Na prática, esse movimento das teles acaba com a tendência de múltiplos SIMcards por usuário, o que terá impactos sobre a indústria de handsets e de aplicativos móveis, assim como sobre a base total de linhas em serviço no Brasil, que será reduzida, conforme analisado por MOBILE TIME na sexta passada. A estimativa da Oi é de que entre 30% e 40% da base brasileira de pré-pagos seja composta por linhas extras usadas pelas pessoas para aproveitarem as promoções de chamadas on-net. "As operadoras estavam criando comunidades internas, para não dizer currais", comparou Winik.
OTTs
A Oi aproveitou a oportunidade para simplificar seus planos. Em vez de liberar o tráfego para um ou outro aplicativo com restrições por tipo de conteúdo transmitido, como fazem algumas das suas concorrentes, a empresa optou por aumentar as franquias de dados mas não impor qualquer limitação. Na oferta diária, por exemplo, a franquia triplicou, passando de 20 MB para 60 MB. Na semanal, que era de 150 MB por R$ 7, passou para 250 MB por R$ 8 ou 400 MB por R$ 10.
"Os pilares dos novos planos são: dados com liberdade de uso; simplicidade na oferta, sem pegadinhas; e liberdade para falar com qualquer número, de qualquer operadora, com um único chip. O cliente não precisa de mais de um chip para fazer isso", descreveu Winik. O mote da liberdade serviu para batizar os novos planos pré-pagos, chamados de Oi Livre. Cabe destacar que a Oi manteve opções de planos diário e semanal para quem deseja falar mais com números da própria operadora. Eles serão divulgados principalmente nos estados do Nordeste, onde a Oi tem maior market share.
Veja na tabela abaixo a lista dos planos.
Plano | Preço | Voz | Dados e SMS |
Minuto avulso | R$ 0,30 por minuto | Minuto vendido avulso. Vale para qualquer operadora, local ou DDD (usando 31) | Cobrado à parte: 60 MB e 30 SMS por R$ 0,99/dia (com direito a acesso à rede Oi WiFi) |
Por dia on-net | R$ 0,75 por dia | 300 minutos para chamadas on-net (chamadas off-net custam R$ 0,30 por minuto) | Cobrado à parte: 60 MB e 30 SMS por R$ 0,99/dia (com direito a acesso à rede Oi |
Por semana on-net | R$ 8 | Ilimitado para chamadas on-net (chamadas off-net custam R$ 0,30 por minuto) | 250 MB |
Oi Livre Semanal | R$ 10 por semana | 75 minutos para qualquer operadora, local ou DDD (usando 31) | 400 MB e 300 SMS e acesso à rede Oi WiFi |
Oi Livre Mensal | R$ 40 por mês | 300 minutos minutos para qualquer operadora, local ou DDD (usando 31) | 1 GB e 500 SMS e acesso à rede Oi WiFi |