Antena

A WDC Networks busca entrar na jornada do 5G por meio da oferta de serviços e tecnologias periféricas. Em conversa recente com Mobile Time, o CEO da companhia, Vanderlei Rigatieri, explica que a estratégia de sua companhia é “comer pelas beiradas” na quinta geração das redes celulares.

“Toda infraestrutura do 5G vai precisar de energia. Eles também precisarão comprar bateria, nobreak, mini data center. Isso é fundamental para a construção da infraestrutura do 5G – que terá virtualização e network slicing, por exemplo. Vamos nos beneficiar da base da torre. O que sobrar daquilo que ninguém quer oferecer na base da torre: é onde teremos grandes oportunidades de participar”, afirma o executivo.

Também atuando como fornecedor de modems e equipamentos de redes de Wi-Fi voltados para ISPs brasileiras, Rigatieri prevê que o “5G não vai matar a fibra ótica”, pois enxerga empecilhos, como o fato das frequência de 3,5 GHz (o filé mignon do leilão de frequências da próxima quinta-feira, 4) “não penetrarem direito” nas paredes residenciais.

“A parte de banda larga, nosso carro-chefe, vai continuar. Ninguém vai sair para o FWA (no começo). A tecnologia móvel compartilha a banda com vários usuários em uma torre. Pode ser que haja frustração na população com o 5G (pela entrega da velocidade). Mas é super necessário, como em latência baixa para permitir M2M maior. A IoT na rua será melhor. Para nós, será uma grande oportunidade na infraestrutura. Por exemplo, nós vemos mais ISPs entrando (no leilão)”, disse.

Huawei

Outro potencial que a Rigatieri vê no 5G é a oferta de equipamentos voltados a energia solar, uma das apostas recentes da WDC. A companhia iniciou uma parceria com a Huawei Digital Power (divisão de energia da Huawei) para ofertar inversores e sistemas inteligentes de energia solar, bateria de lítio e data centers da fornecedora chinesa. O acordo foi costurado principalmente pela firma brasileira para ofertar seus equipamentos no formato de aluguel, Tecnologia as a Service (TaaS), além de sua unidade fabril que produz células fotovoltaicas.

“A Huawei tem claramente na cabeça que energia será um recurso para digitalizar sistemas. Não é só o painel e inversor, mas a bateria também. Toda antena nova precisará de um rack de bateria de lítio e as antenas, de um datacenter. A latência baixa só será conseguida com o conteúdo mais próximo do consumidor, em data center menores”, disse.

 

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