As crianças brasileiras que têm acesso a smartphone passam em média 3 horas e 53 minutos com o aparelho. É o que revela a nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box que, pela primeira vez, solicitou que pais e mães estimassem quantos minutos exatamente seus filhos passam por dia, em média, olhando a tela do smartphone. A pesquisa abrange crianças de 0 a 12 anos cujos pais possuem smartphone.
Verificou-se que quanto mais velha a criança, maior o tempo diário com o smartphone. Portanto, a média é puxada para cima especialmente pelo grupo de 10 a 12 anos: nesta faixa etária, cada criança passa 4 horas e 46 minutos com o smartphone por dia (veja a ilustração abaixo).
Foi observado também que meninos passam mais tempo que meninas com o smartphone diariamente: 4 horas X 3 horas e 44 minutos. Também se notou que estudantes de escolas públicas dispensam mais tempo na telinha que aqueles de escolas particulares: 4 horas e 9 minutos X 3 horas e 46 minutos.
55% dos pais entendem que seus filhos passam mais tempo do que deveriam com o smartphone. E 73% acreditam que a pandemia fez aumentar o tempo que seus filhos gastam com o smartphone – 38% disseram que aumentou muito e 35%, pouco.
Em um ano subiu de 65% para 72% a proporção de pais que restringem o tempo diário que as crianças podem passar com o aparelho.
Posse
Atualmente, 44% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos possuem smartphone próprio. Isso representa um recuo de cinco pontos percentuais em comparação com a edição da mesma pesquisa no ano passado, quando 49% tinham seu próprio aparelho. Uma das explicações para essa queda pode estar no arrefecimento da pandemia, pois no auge da crise sanitária o fechamento das escolas levou muitos pais a darem ou emprestarem smartphones aos filhos para que estudassem, o que não é mais necessário.
A maior queda foi observada no grupo de 7 a 9 anos. Nesta faixa etária, diminuiu de 59% para 46% a proporção que tem smartphone próprio. Por outro lado, subiu de 33% para 43% os que usam o aparelho dos pais emprestado.
A pesquisa entrevistou 1.745 pais e mães brasileiros que possuem smartphone e que têm filhos com idades entre 0 e 12 anos. As entrevistas foram feitas entre 22 de setembro e 3 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. O relatório integral da pesquisa pode ser baixado aqui em português e em inglês.