O secretário estadual de fazenda e planejamento do estado de São Paulo, Henrique Meirelles, reconheceu que há trabalho a ser feito para incluir os bancos digitais no aplicativo e site da Nota Fiscal Paulista (Android, iOS). Atualmente, o app permite apenas a transferência do valor de compras com CPF/CNPJ para contas de bancos tradicionais.
Em conversa rápida com Mobile Time nesta terça-feira, 3, durante evento organizado pela FAS Advogados, Meirelles explicou que a entrada das fintechs está no cronograma da pasta, mas depende do orçamento para investir em tecnologia na secretaria: “Estamos trabalhando nisso (trazer os bancos digitais). Nós queremos trazê-los para incluir neste programa estadual de sucesso. Um programa que traz serviços para recuperar parte do gasto com compras, premia com sorteios e permite até doação para entidades”, completou. “A entrada dos bancos digitais é uma evolução natural. Mas esperamos que o Brasil cresça. E, assim, teremos mais investimento para investir em tecnologia (e trazer esses bancos)”. Em relação a uma previsão da entrada das fintechs na Nota Fiscal Paulista, o secretário preferiu não fazer uma previsão, uma vez que precisa de mais orçamento na pasta.
Entenda o programa
Criado em 2007, o Nota Fiscal Paulista é um programa de renúncia fiscal criado pelo governo de SP. Inicialmente, seu intuito era combater a sonegação e aumentar a arrecadação estadual e tornou-se bordão entre os paulistas o “CPF na nota”. Nele, o usuário fornece seu CPF ou CNPJ na hora da compra e recebe de volta parte do imposto incorporado nas compras (até 30% em valores acima de R$ 25).
Com o montante, a pessoa pode usar o crédito da Nota Fiscal Paulista para: abater no pagamento do IPVA; resgatar o crédito obtido para uma conta corrente ou débito; participar de sorteios mensais de R$ 1 mil a R$ 1 milhão (R$ 2 milhões em dezembro) a cada R$ 100 gastos; ou doar o valor para uma entidade social.