A Beth é uma healthtech que nasceu dois anos atrás para oferecer soluções tecnológicas para o acompanhamento do paciente, conectando profissionais de saúde, pacientes e provedores de saúde. A startup, cujo nome é acrônimo para Best Experience in Technology and Health, já oferece soluções de prontuário, mas a proposta é melhorar a experiência do profissional com outros serviços que fazem a integração entre CRM, captação de leads, entre outras ferramentas.

A ferramenta automatiza funcionalidades para estimular o autocuidado, o controle de doenças crônicas do paciente, além do desfecho de cuidados clínicos e cirúrgicos e da prevenção de doenças crônicas.

“Muitos dos prontuários que estão no mercado nasceram para resolver as questões financeiras desses profissionais e, a partir daí, ganharam ares assistenciais. Eles cuidam bem do dinheiro, mas não do resto. Queríamos melhorar a navegabilidade das soluções e levar a melhor experiência para essa pessoa, sem deixar de dar atenção ao backoffice”, explicou em conversa com Mobile Time, Marcos Gonçalves, diretor de tecnologia da healthtech. E assim surgiu o Elisa PRM (Patient Relationship Management), solução que integra CRM, captação de leads, campanhas, follow up, entre outras funcionalidades.

A solução de prontuário tem dados dos pacientes, suas doenças, por quais médicos passou, quando foi à clínica ou ao hospital, ou seja, todo o conhecimento sobre sua vida assistencial. A proposta do PRM é conectar esses dados a essas soluções já adquiridas e utilizadas e gerar facilidades para a equipe médica.

Com três meses de uso em um hospital parceiro, o no show teve redução de 30% em menos de três meses.

Exemplos e como a Beth funciona

Beth; healthtech

Marcos Gonçalves, CTO da Beth. Foto: divulgação

Entre os exemplos dados, o executivo explica como a solução funciona para uma pessoa que passa por um pós-cirúrgico. Neste caso, o paciente tem alta, volta para a casa e pode ser acompanhado por meio de um pequeno questionário enviado por WhatsApp, por exemplo, ao invés de ter alguém da equipe médica disponível para ligar.

A automatização desse processo ainda conta com os profissionais humanos, como enfermeiros e médicos. Mas Gonçalves diz que a diferença é o ganho de escala. É possível atender a todos os pacientes e estreitar a relação com eles a partir da ferramenta.

“O questionário pode ser específico para cada caso de paciente e, de acordo com sua resposta, aciono um profissional para falar com a pessoa”, explica.

A solução também pode funcionar por e-mail e é capaz de fazer uma análise de sentimentos de uma mensagem enviada para o SAC e, com isso, melhorar o atendimento para um paciente que esteja insatisfeito com algo.

Outro exemplo dado: um paciente que precisa fazer infiltrações no joelho deve retornar à clínica a cada seis meses. Até então, enfermeiros ligavam para os pacientes alertando sobre o prazo, mas com a solução, esse processo ficou automatizado.

Beth nasceu interoperável e não tem a intenção de substituir as ferramentas já usadas pelas instituições de saúde. “Queremos aproveitar o máximo dessas soluções”, diz Gonçalves. Tenho que quebrar o silo e fazer com que a informação circule. Sempre respeitando a LGPD”, complementa.

O público-alvo da solução são grandes instituições de saúde, como hospitais e clínicas.

Ao todo, 40 clientes usam as soluções da Beth, mas, no momento, a nova ferramenta é utilizada por dois clientes. Gonçalves diz que o PRM começa “pequeno”, mas vai ganhando escalabilidade e crescendo em dois meses.

“As réguas de uso ficam em branco, desenhamos junto com a instituição. Desenhamos, validamos o processo e a implementamos. Mas tem sempre ajustes a serem feitos. A população é diferente de uma região para outra, tem o tipo de hospital, enfim, muitas variáveis”, explica Gonçalves.

Modelo de negócios

O software roda em nuvem, mas a orquestração do paciente está no ambiente do cliente (ou seja, a instituição de saúde).

A startup faz a instalação no ambiente do cliente e o pagamento acontece por consumo. A startup usa um broker de interoperabilidade para falar com o WhatsApp.

A healthtech começou com APIs, agentes autônomos e agora PRMs. Todas essas soluções foram desenvolvidas dentro da startup.

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!