A Visa confirmou para o primeiro trimestre de 2025 os testes com débito no Click To Pay, solução de pagamento online com um clique em sites e apps. De acordo com Fernando Amaral, vice-presidente de produtos e inovação da bandeira no Brasil, os testes estão programados para ocorrer com dois adquirentes.
Por meio da iniciativa da Abecs, os testes ocorrerão em ambiente Visa com duas novas camadas de proteção aos pagamentos de débito na web: autenticação de ponta a ponta (nível 1) no comércio físico, similar às wallets; e autenticação (nível 2) com biometria confirmada pelo handset do cliente para compras online.
“O débito tem uma necessidade adicional de uma camada de autenticação, pois a transação é debitada da conta corrente de uma pessoa. Então, isso é consenso da indústria. Por isso, nós vamos começar a autenticação em dois níveis no primeiro trimestre de 2025”, completou Amaral.
Lançada em fevereiro deste ano, a solução do Click To Pay é um padrão da indústria de pagamentos e tem como intuito facilitar as compras online, reduzir fraudes e diminuir barreiras, uma vez que os dados de pagamentos (e-mail, telefone, endereço) dos clientes estão pré-armazenados para efetuar as compras.
Neste primeiro ano funcionando apenas com crédito, a Visa contabilizou um aumento de 10 pontos percentuais na taxa de aprovação nas transações, se comparado com os números do cartão de crédito físico. Atualmente, a solução está presente em 15 sites.
O Click To Pay foi o vencedor do Prêmio Seleção Mobile Time 2024 no voto popular.
Ecossistema do Click to Pay
Outra solução da Visa atrelada ao Click To Pay é o Push Provisioning, um cadastro que os consumidores podem fazer no app do banco para receber uma notificação push e usá-la no pagamento com um clique. Com expectativa de 1 milhão de credenciais (tokens criados) neste primeiro ano, o Push Provisioning está ativo para clientes do Bradesco, Banco do Brasil e Santander.
Amaral acredita que o Click To Pay deve começar a crescer em 2025 e terá ganho de escala em 2026. Questionado se o Pix está no radar para ser adicionado ao pagamento com um clique, o executivo disse que não, mas reforçou que é possível colocar esse ou outros arranjos de pagamentos.
Imagem principal: Nuno Lopes Alves, country manager da Visa no Brasil (de costas); Fernando Amaral (em pé), vice-presidente de produtos e inovação (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)