Rio COVID-19

Prefeito (à dir.) Eduardo Paes em reunião no Palácio da Cidade com o governador Cláudio Castro. Foto de divulgação: Italo Boquimpani

A prefeitura do Rio de Janeiro lançará nos próximos dias o aplicativo Rio COVID-19 (Android, iOS). A ferramenta foi desenvolvida ainda na gestão anterior e foi pensada para que os moradores da cidade façam autonotificação de casos. A partir dos dados inseridos pelos usuários, a secretaria de saúde deverá gerar indicadores de vigilância epidemiológica de acordo com a localização desses moradores. Segundo o subsecretário geral da secretaria de saúde da prefeitura do Rio, José Carlos Prado Júnior, o app é uma ferramenta que desencadeia todo um cuidado com o paciente e servirá de “vigilância epidemiológica”, mas também será o meio de comunicação da secretaria com a população para os próximos passos, como, por exemplo, o chamamento para a vacinação.

Na prática, o usuário baixa o app e preenche algumas informações, de modo que a secretaria saiba onde o paciente mora e se possui comorbidades. A proposta é monitorar essas pessoas e entender quais regiões da cidade possuem mais casos do novo coronavírus de modo a realizar ações contra a doença pontualmente.

Como funciona o aplicativo

Depois de baixar o aplicativo Rio Covid-19, o usuário informa sua localização. Ao inserir o bairro onde vive, já será possível para a secretaria de saúde gerar mapas de risco de adoecimento. E, ao preencher o endereço completo, a pessoa consegue identificar seu médico e agente de saúde. Isso é possível porque a ferramenta “onde ser atendido”, desenvolvida ainda em 2011 pela prefeitura carioca está integrada a uma API do Google que transforma o endereço em latitude e longitude e aponta qual profissional de saúde está destinado para aquela área.

Em um segundo momento, a partir dos dados fornecidos pelo usuário do app, é possível entender o grau de risco do paciente, de modo a permitir à prefeitura atuar de forma diferenciada – para casos mais brandos, um tipo de acompanhamento e para casos mais graves, acompanhamento mais intenso e com possibilidade de atendimento na unidade do médico de família.

Em um terceiro momento, o usuário indica os sintomas que teve nos últimos 14 dias. Por fim, o paciente poderá informar caso outras pessoas que moram com ele também estão ou não com sintomas de Covid-19. Neste caso, a secretaria de saúde deverá também monitorar os outros moradores da residência.

“A partir daí, essas informações vão para um banco de dados da prefeitura e o sistema identifica a unidade da clínica de família do paciente, além de sua equipe de saúde, que faz o seu atendimento. O médico ou o enfermeiro deve ligar para acompanhar a evolução do paciente. Aqueles com maior risco de saúde terão um acompanhamento mais frequente para que a gente possa direcioná-lo para um atendimento de urgência, se necessário. Mas o aplicativo também funcionará para oferecermos as melhores informações sobre a doença e como tratá-la”, resumiu o subsecretário geral da secretaria de saúde do município do Rio de Janeiro, José Carlos Prado Júnior, responsável pelo projeto do aplicativo.

Testagem em massa

A partir da identificação dessas pessoas, a prefeitura vai oferecer um exame de antígeno. Inicialmente, deverão ser testadas cerca de 450 mil pessoas e seu agendamento será realizado pelo aplicativo Rio COVID-19. As coletas deverão acontecer na unidade de saúde ou em domicílio, caso o paciente tenha restrição de deslocamento. “O teste de antígeno é mais rápido, mais barato de realizar e possui sensibilidade e eficácia muito próximas do RT-PCR”, alega Prado Júnior.

A ideia é que, aos poucos, o app incorpore novas funcionalidades e se torne o canal de comunicação da secretaria com a população. Inclusive, quando começar a campanha de vacinação, o chamamento será feito pelo aplicativo e nele será adicionada uma carteira de vacinação.

 

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