O relatório da Distimo lançado nesta semana demonstra que a velha lei da economia também vale para o mundo dos aplicativos móveis: quanto menor o preço, maior a demanda. Em média, quando os preços dos apps para iPhone caem, há um crescimento de cerca de 1.675% no número de downloads acumulados nos cinco dias após o desconto. No caso do iPad o crescimento, em média, é de 871%. Já o aumento no preço dos aplicativos tem um efeito negativo sobre o número de downloads. Quando o preço sobe, observa-se que baixam-se 46% menos apps para iPhone e 57% menos para iPad.

O aumento da demanda por apps gera, naturalmente, um resultado positivo na receita. Na App Store para iPhone, o faturamento de um app aumenta 95% três dias após a queda dos preços, enquanto na App Store para iPad cresce 51%. Quanto maior o tempo em que o app fica em promoção, mais alta é a taxa de crescimento na receita. Quando o app fica cinco dias em promoção, nota-se que esses percentuais sobem para 137% e 63%, respectivamente. Com uma semana de desconto, o crescimento da receita é de 159%  para iPhone e 71% para iPad.  De acordo com o relatório, quando o preço dos apps aumenta, a receita recua novamente.

Na avaliação da Distimo, a elasticidade-preço incidente nas receitas na Apple App Store para iPhone é a mais baixa, o que significa que a receita reage mais pesadamente a qualquer alteração de preço. Na App Store para iPhone, uma queda de 1% no preço gera, em uma semana, 1,2% de aumento na receita, enquanto na loja para iPad uma queda de 1% no preço provoca, no mesmo intervalo de tempo, 0,7% de crescimento na receita. A elasticidade preço comparativamente mais alta na App Store para iPhone do que na App Store para iPad sugere que os usuários do smartphone são mais sensíveis às mudanças de preços em comparação com os usuários do iPad.

Segundo o levantamento, a maior parte dos aplicativos custam menos de três dólares. Na loja para iPhone 9% dos apps custam menos de um dólar; 42%, de um a dois dólares; 25%, de dois a três dólares; 9%, de três a quatro dólares; 7%, de quatro a cinco dólares ;e 8% custam acima dos oito dólares. No caso do iPad, esses valores são de 33%, 26%, 13%, 10% e 10%, respectivamente.  

Todos os dados do relatório da Distimo foram coletados das lojas da Apple na Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coréia, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. A análise é baseada apenas em aplicaivos que atingiram o Top 400 geral e que tiveram pelo menos uma mudança de preço em dezembro de 2012. O relatório indica que o mesmo fenômeno pode ser observado na Google Play, embora com uma intensidade menor.
 

 

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