Preocupadas com a segurança em ambientes corporativos, 30% das organizações deverão usar autenticação biométrica em dispositivos móveis até 2016, segundo previsão do Gartner divulgado nesta terça, 4. Atualmente, 5% das empresas utilizam o recurso, que substitui senhas complexas e medidas de segurança comuns em PCs.
De acordo com o instituto de pesquisas, smartphones e tablets possuem as mesmas aplicações e dados críticos do que computadores, mas não oferecem o mesmo nível de segurança. O problema se agrava porque a implantação de políticas de proteção em dispositivos móveis pessoais no trabalho (prática do BYOD) acaba implicando em problemas de privacidade e direitos do usuário. Além disso, senhas complexas são mais difíceis de serem digitadas em telas sensíveis ao toque.
Assim, a recomendação é que as companhias passem a usar mais a autenticação biométrica. Isso inclui interatividade humana, reconhecimento de voz, topografia da face e estrutura da íris. Apesar da conveniência, o Gartner aconselha a não abandonar as senhas convencionais, pois isso permite uma autenticação de dois passos mais segura.
Não há menção na previsão ao sensor biométrico de leitura digital, como o incorporado no final do ano passado no iPhone 5S, como uma alternativa. Entretanto, o mercado já especula que competidores como Samsung e LG adotem o recurso (que não foi inventado pela Apple, diga-se de passagem), o que pode popularizar essas ferramentas junto ao consumidor final.
Formatar remotamente não resolve
Outro problema, aponta o Gartner, é na hora de realizar o wipe-out (limpeza total) do aparelho em caso de roubos. Segundo a empresa, o risco continua porque os discos de estado sólido (SSD, usados em smartphones e tablets, além de ultrabooks) são "quase impossíveis de serem apagados". A melhor técnica seria usar criptografia que não tenha uma chave acessível após uma operação de formatação rápida do aparelho.