As assinaturas globais dos serviços de vídeo sob demanda (SVOD) da Disney cresceram 162,5% no quarto trimestre de 2019 com 63,5 milhões de clientes, ante de 24,2 milhões do ano anterior. Esse aumento foi puxado pelo lançamento do Disney+.
Lançado em novembro de 2019, o serviço de streaming mais novo da companhia terminou o ano com 26,5 milhões de usuários. E sua receita mensal média por usuário (ARPU) foi de US$ 5,56.
Outros streamings
Vale dizer, a companhia teve crescimento em seus outros dois serviços de vídeo no trimestre. O ESPN+, sua plataforma de streaming esportivo, triplicou em assinantes, ao registrar 6,6 milhões de consumidores ativos, ante 1,4 milhão do quarto trimestre de 2018.
Por sua vez, o Hulu finalizou o último trimestre de 2019 com 30,4 milhões de assinantes, incremento de 33% quando comparado aos 22,8 milhões de um ano antes. Cresceu 88% em usuários que assinam TV ao vivo e o SVOD, de 1,7 milhão para 3,2 milhões, e aumentou 29% a base de usuários que assinam apenas o SVOD, de 21 milhões para 27 milhões.
Porém, o ARPU da Disney teve quedas em dois tipos de assinaturas. O ESPN+ caiu 5%, de US$ 4,67 para US$ 4,44, e a assinatura do Hulu SVOD foi de US$ 14,5 para US$ 13,15, um recuo de 9%. A Disney atribui esses resultados às ofertas de assinaturas por pacotes, redução do preço para o varejo e mudança no mix de assinantes.
Corrobora com a posição da empresa o aumento do ARPU dos consumidores do Hulu SVOD e TV ao vivo, 14%, de US$ 52,31 para US$ 59,5. Ou seja, o mix de clientes aumentou o ARPU com a assinatura mais completa do Hulu, SVOD e TV ao vivo, enquanto o plano mais simples (apenas SVOD) diminuiu no quarto trimestre de 2019.
Finanças
Com o resultado da entrada do Disney+, a divisão de negócios direct-to-consumer & international – responsável serviços de streaming da Disney – registrou US$ 4 bilhões de receita no quatro trimestre de 2019, um aumento (344%) ante US$ 900 milhões de um ano antes.
Por sua vez, a unidade de negócios dos streamings teve aumento em seu prejuízo operacional, de US$ 136 milhões para US$ 693 milhões. A companhia atribui esse resultado negativo a alguns fatores como: o lançamento do Disney +; a consolidação do Hulu, agora sob total controle da Disney; e uma perda de receita considerável com o ESPN+, puxada por custos altos na aquisição de direitos do UFC e aumento nos investimentos de marketing para incrementar o volume de assinaturas via pay-per-view.
Geral
No resultado total (filmes, produtos, TVs, licenças e parques de diversão), a Disney terminou o quarto trimestre de 2019 com US$ 21 bilhões de receita, um crescimento de 40% ante US$ 15 bilhões de um ano antes. O lucro operacional subiu 9%, de US$ 3,6 bilhões para US$ 4 bilhões. Por sua vez, os gastos na companhia foram de US$ 18 bilhões, aumento de 63% contra US$ 11 bilhões do quarto trimestre de 2018. E o lucro líquido caiu 28,5%, de US$ 2,7 bilhões para US$ 2,1 bilhões.