Os investimentos em aplicações de inteligência artificial chegarão a US$ 464 milhões no Brasil em 2021. De acordo com Luciano Ramos, gerente de pesquisa e consultoria da IDC em software, infraestrutura e serviços de TI, o investimento será guiado por serviços de consultoria de TI e de negócios e os casos de uso mais importantes serão agentes automatizados para atendimento e assistentes virtuais em aplicações corporativas – 30% de crescimento em relação a 2020.
De acordo com o especialista, o montante do setor engloba as movimentações de fusões e aquisições em inteligência artificial, assim como contratação de hardware, software e de serviços para suportar isso. Ainda assim, Ramos não vê este como o grande salto da inteligência artificial no Brasil. O executivo acredita que a tecnologia deve entrar mais na estratégia das corporações entre 2022 e 2023 com o avanço de soluções de conectividade 5G e computação na borda: “O crescimento mais robusto deve aparecer em 2022 e 2023, com 5G e edge computing. Boa parte dessa IA estará na borda para poder dar respostas rápidas e retroalimentar o núcleo da corporação”, afirmou.
A análise é baseada na pesquisa anual da IDC de investimentos e tendências do mercado TIC para o ano vigente. Feito com 500 empresas de médio e grande porte, o estudo começa em janeiro e termina no final de fevereiro. Nesta prévia, a companhia de análise revela ainda que 25% das empresas brasileiras têm projetos com IA ou machine learning; mas em estágio de adaptação e implementação, uma vez que 75% desses algoritmos têm supervisão humana.
Por segmento, Ramos acredita que a maioria dos investimentos serão puxados por finanças, seguido por atendimento ao consumidor e varejo.
“O segmento de finanças foi o que puxou o começo em inteligência artificial. E continua sendo o mais forte hoje. Mas temos uma perspectiva positiva da área de customer experience. Com atendimento e melhores reações, o segmento de varejo e serviços devem puxar a IA nos próximos anos”, afirma o executivo.
