A Mistral, startup francesa criadora do chatbot com IA generativa Le Chat, está em busca por parcerias com operadoras móveis. As teles podem, por um lado, servir como canais de distribuição de aplicações de IA, e, por outro serem usuárias de soluções da startup especialmente para redução de custos operacionais em manutenção de rede, disse seu CEO, Arthur Mensch, durante painel no MWC25 (Mobile World Congress).  O executivo, contudo, trouxe uma proposta ainda mais ousada: ele acredita que as teles poderiam construir data centers e competir com os hyperscalers.

“Para ter um data center você precisa de eletricidade, fibra e chipsets. As teles já têm a fibra. Por que não construir data centers e conectar os chips? É uma oportunidade para descentralizarmos a nuvem e não ficarmos dependentes de três grandes players”, propôs.

Mistral opina sobre consolidação de teles

O maior obstáculo para se firmar parcerias com as teles na Europa é a fragmentação do mercado de telecomunicações. “Você tem que conversar com quase 90 operadoras diferentes para as coisas acontecerem. A consolidação em grandes players poderia ser uma vantagem (para a Europa)”, criticou, referindo-se ao fato de haver em média três operadoras em cada um dos 27 países que compõem a União Europeia.

Regulamentação de IA

O CEO da Mistral entende que a regulamentação de IA na Europa “veio cedo demais”, porém, reforçou que ela não é o maior problema para o desenvolvimento de startups de IA na região. Na sua opinião, a principal barreira seria a falta de ambição das empresas europeias em investir em IA como um diferencial competitivo, o que estaria começando a mudar agora.

Foto no alto: O CEO da Mistral, Arthur Mensch, é entrevistado no MWC25 (Crédito: Fernando Paiva/Mobile Time)

 

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