Entre janeiro de 2014 e março de 2015, a participação dos chamados "phablets" (smartphones com tela entre 5 e 6,9 polegadas) na base mundial de dispositivos móveis mais que triplicou, saltando de 6% para 20%. Os dados fazem parte do mais recente relatório da Flurry Analytics, que levou em conta os 875 modelos de aparelhos mais comuns em sua base de 1,6 bilhão que é monitorada mensalmente. Esses 875 modelos responderam por 87% das sessões de apps abertas em março de 2015 registradas na plataforma da Flurry. A empresa divide o mercado em cinco tamanhos de dispositivos: telefones pequenos (tela de até 3,5 polegadas); telefones médios (entre 3,6 e 4,9 polegadas); phablets (de 5 a 6,9 polegadas); tablets pequenos (7 a 8,4 polegadas); e tablets (a partir de 8,5 polegadas).

O formato que mais perdeu participação para os phablets nesse intervalo de tempo foram os telefones médios, que baixaram de 68% para 59%, mas ainda lideram o mercado mundial. Os telefones pequenos caíram de 4% para 2%. Os tablets pequenos se mantiveram estáveis, com 7%. E os tablets a partir de 8,5 polegadas caíram de 15% para 12%.

Os phablets são mais comuns no universo Android. Nesse sistema operacional, 36% dos aparelhos têm tela entre 5 e 6,9 polegadas. Os telefones médios representam 50% dos terminais com sistema operacional do Google. E os pequenos, 5%. Tablets pequenos respondem por 6% e tablets a partir de 8,5 polegadas, por 3%.

Em iOS, o único modelo classificado como phablet é o iPhone 6 Plus. Ele representa apenas 4% do total de terminais com o sistema operacional da Apple. Todos os demais iPhones são classificados como telefones de tamanho médio e respondem por 68% da base. O iPad corresponde a 20% e o iPad Mini, a 8%.

A Flurry destaca que a moda dos phablets começou na Ásia, cerca de dois anos atrás. Em alguns mercados daquele continente, como em Taiwan, os phablets já representam metade da base de dispositivos móveis. O ex-presidente da Apple, Steve Jobs, chegou a dizer que ninguém compraria um telefone grande. A história está mudando e até a Apple repensou sua estratégia.