A Cielo registrou lucro líquido no primeiro trimestre de 2022 de R$ 185 milhões, um recuo de cerca de 24% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando chegou a R$ 241 milhões. No entanto, o volume capturado pela Cielo Brasil atingiu R$ 198 bilhões, “o maior TPV (volume total de pagamentos) da história”, confirmou o CFO da Cielo, Filipe Oliveira, em conversa com a imprensa nesta quarta-feira, 4, sobre os resultados financeiros da empresa. O número é um incremento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
A empresa atribui a queda do lucro à influência de eventos “extraordinários” registrados no 1T21. Em termos recorrentes, a Cielo calcula que o lucro líquido teria tido um incremento de 36% no mesmo período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização(EBITDA) consolidado registrou incremento de 16% em relação ao 1T21, chegando a R$ 712,5 milhões.
No consolidado, a receita líquida foi de R$ 2,8 bilhões, um aumento de apenas 1,5% em relação ao 1T21, devido à redução observada nas demais subsidiárias, explicada principalmente pelo fechamento da venda da Multidisplay/M4U em novembro de 2021. No entanto, a Cielo Brasil registrou crescimento de 14,1 % e a Cateno, um aumento de de 27,6% no faturamento.
Os custos e despesas totais consolidados caíram 3,4% em relação ao 1T21. “Existe uma nova cultura consolidada de controle de despesas e o primeiro trimestre de 2022 foi o melhor resultado em anos”, resumiu o CEO da Cielo, Gustavo Sousa.
Houve também crescimento de 30% no volume de grandes contas da Cielo e uma expansão para o varejo de 15%.
Sem entrar em detalhes, Oliveira disse durante a coletiva que as transações sem a presença de cartões vêm ganhando relevância e, atualmente, representam 25% do total. Disse também que as transações com NFC crescem, assim como as de Pix, mas este último representa ainda uma participação pouco relevante.